Unctad: Brasil é o 3º destino para investimentos estrangeiros

Os dados fazem parte de um ranking entre as economias emergentes. Entre os Brics, o Brasil é o segundo destino preferido dos investidores

O Brasil recebeu quase 5% do total de investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2012, apesar da persistente crise global, aponta um relatório preliminar da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Esse é o terceiro maior volume de IED recebido entre as economias emergentes, equivalente a US$ 65 bilhões, só atrás da China (US$ 120 bilhões) e Hong Kong (US$ 72 bilhões).

O total do IED recebido pelos Brics – Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul – chegou a US$ 263 bilhões em 2012. Em pouco mais de uma década, o bloco triplicou o volume recebido em investimentos estrangeiros diretos, pulando de 6% do total, em 2000, para os 20% registrados no ano passado.

Dos investimentos recebidos pelos Brics, a China ficou com quase a metade (46%), seguida pelo Brasil (25%), Rússia (17%) e Índia (10%). Segundo a Unctad, os investimentos no Brasil registraram maior volume no setor industrial do que o setor de mineração.

Investimento estrangeiro direto é todo aporte de dinheiro vindo do exterior que é aplicado na estrutura produtiva doméstica de um país, isto é, na forma de participação acionária em empresas já existentes ou na criação de novas empresas. Esse tipo de investimento é o mais interessante porque os recursos entram no país, ficam por longo tempo e ajudam a aumentar a capacidade de produção, ao contrário do investimento especulativo, que chega em um dia, passa pelo mercado financeiro e sai a qualquer momento.

Alternativa ao FMI

A presidenta Dilma Rousseff já está em Durban, na áfrica do Sul, para participar da 5ª Cúpula do Brics. Também estão confirmadas as presenças dos presidentes da África do Sul, Jacob Zuma, da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, além do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. O tema da cúpula é Brics e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e Industrialização. O destaque, porém, é o debate sobre a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics, instituição alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do grupo foi US$ 15 trilhões. Segundo dados do FMI, o Brics responde por 21% do PIB mundial em valores nominais e por 27% do PIB mundial em termos de paridade de poder de compra. Os cinco integrantes do bloco ocupam 26% da área terrestre do planeta, abrigando 42% da população mundial e detendo 45% da força de trabalho global.

Com informações de agências onlines

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