Segundo os vazamentos selecionados que ganharam os veículos do oligopólio de mídia, Vaccari foi supostamente citado pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como intermediário do PT no repasse dos desvios por ele perpetrados em cumplicidade com o doleiro Alberto Yousseff.
Um fato corrobora a firmeza do dirigente petista. Se qualquer indício ou prova tivesse sido descoberta pelas várias incursões da Polícia Federal na Operação Lava Jato, ele já estaria preso – assim como aconteceu com suspeitos de outros partidos políticos.
O presidente do partido, Rui Falcão, também foi incisivo ao se referir ao tesoureiro: “Vaccari é uma pessoa séria”, atestou, destacando que não existe “nada concreto” contra ele, apenas depoimentos de pessoas investigadas pela Lava Jato que aceitaram fazer acordos de delação premiada.
Vaccari, que teve os sigilos telefônico, fiscal e bancário quebrados pela CPI Mista da Petrobras, lembrou que denúncias sem comprovação e investigações não são novidades em sua vida. Para ele, abrir seus sigilos não é nada mais que “ação midiática já feita outras vezes”. Em 2010, a Justiça determinou a quebra de sigilo de suas contas bancárias durante uma investigação sobre irregularidades na Bancoop, a cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da qual foi diretor.
Investigações
Durante o encontro, a direção do partido deixou claro que defender um companheiro não significa evitar investigações ou se esquivar do protagonismo que o PT sempre teve em relação a esse processo.
Em nota, o PT afirmou o seu apoio às investigações de desvios de recursos na Petrobras e registrou que expulsará filiados que se mostrem, comprovadamente, envolvidos nesse e em qualquer outro desvio.
Ainda sobre a Petrobras, o diretório nacional afirma que apoia “de forma decidida as investigações” na estatal, e ressalta que o Ministério da Justiça deve zelar pela legalidade e pelo respeito ao processo legal. Mas exige que as investigações não sejam “instrumentalizadas” para objetivos partidários ou delações premiadas sem fundamentação – como as do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Yousseff .