A nova meta de déficit primário nas contas públicas do governo Temer, anunciada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é duramente criticada pelo senador Jorge Viana (PT-AC) em 16 de agosto. Da tribuna do Senado, ele denuncia o descalabro das contas públicas e diz que o governo de Michel Temer piorou a situação da economia, promovendo gastos de maneira indiscriminada, para garantir apoio político no Congresso.
“O saldo do golpe, o saldo do desastre deste governo, que não passou nas urnas, chega a R$ 660 bilhões”, denuncia. O valor mencionado refere-se aos déficits primários acumulados entre 2016 e 2020, de acordo com as estimativas anunciadas pela equipe econômica. “Os números são alarmantes. O horizonte para o país é terrível”, diz o parlamentar.
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Viana compara a situação fiscal do Brasil nestes 16 meses de existência do do governo Temer com os dez primeiros anos das gestões do PT, entre 2003 e 2013, quando as administrações de Lula e Dilma cumpriram seguidos superávits primários. Nos governos petistas, o governo arrecadou mais do que gastou, sem incluir as despesas com a dívida pública. “O que os críticos chamam de irresponsabilidade do PT foi o melhor período de bem-estar social do Brasil nos últimos 40 anos”, ressaltou.
“Enquanto Lula e Dilma geraram superávits acumulados de R$ 968 bilhões, este governo, em um ano e pouco, já põe um rombo para o Brasil que chega a R$ 660 bilhões, deixando para o próximo governo uma herança, um buraco, de R$ 200 bilhões”, criticou. “Estamos andando 200 anos para trás”.
De acordo com o senador, a piora da situação econômica e social no Brasil é fruto do processo de impeachment fraudulento da presidente Dilma Rousseff. “Tudo o que nós estamos vivendo, o caos político, a economia que perdeu o rumo e saiu dos trilhos, é em decorrência dessa ação política desastrosa que foi o golpe, o impeachment”, advertiu.