A prisão do megatraficante carioca Nem provocou as lembranças do senador Jorge Viana (PT-AC). Ao elogiar a ação que resultou na prisão do criminoso, Viana lembrou sua própria experiência como governador do Acre,
“Quando assumi o governo, em 1º de janeiro de 1999, nós tínhamos o crime organizado instalado (…). Os que detinham poder, independente de serem poderes constitucionais, a partir de concurso público e de ascensão funcional, ou dado pelo voto direto do povo viviam um ambiente de medo ou sempre com limitações de suas ações, acovardavam-se, e a população pagava uma conta do domínio do crime organizado”, recordou.
Jorge Viana disse que nenhum governo é capaz de enfrentar o crime organizado sozinho, sendo necessária a união de todas as instituições. No caso do Acre, ele ressaltou que houve a ação conjunta de forças policiais federais e estaduais, dos ministérios públicos estadual e federal, entre outros.
“O certo é que o pequeno Acre, lá na fronteira com a Bolívia e com o Peru, talvez tenha dado uma demonstração de como um tema tão complexo, tão prioritário pode ser enfrentado e combatido. Governo nenhum sozinho, não importa governador, prefeito ou mesmo até, eu diria, dirigente de força policial sozinho, isoladamente, é capaz de enfrentar o que chamamos de crime organizado. Só a União e o entendimento entre todas as instituições são capazes de fazer esse enfrentamento”, comentou.
“O Acre se livrou desta chaga, o crime organizado, e iniciou, a partir daí, um período de prosperidade, com mudança nos indicadores sociais, ambientais e econômicos.”
Em seguida, destacou a atuação do secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, que, em sua opinião, “mostra-se disposto a fazer o enfrentamento do crime organizado no Rio de Janeiro”.
“Então, é esse Brasil que enfrenta o crime organizado, é esse Brasil bonito que tem policiais que honram a farda que vestem que devemos ter como ampla maioria. Sei que esses bandidos que estão vinculados ao tráfico no Rio, que fazem parte da polícia, são a minoria, são a exceção, como era o caso do Acre. A Polícia Militar do Acre, na sua ampla maioria, estava sempre em defesa do cidadão; a Polícia Civil também, mas alguns elementos, que não eram policiais, que faziam parte dela, tiveram de ser excluídos para que ela seguisse tendo o respeito da população”, destacou.