Ângela: Ocultar [o debate] significa naturalizar a violência, tratar como algo normal, como se as mulheres fossem objetos, propriedade dos homens
A escolha da violência contra a mulher, como tema da redação do Enem de 2015, realizado no último fim de semana, tem o mérito de provocar a discussão sobre um assunto de enorme gravidade. Essa é a opinião da senadora Ângela Portela (PT-RR).
“Ocultar [o debate] significa naturalizar a violência, tratar como algo normal, como se as mulheres fossem objetos, propriedade dos homens. Não podemos aceitar isso”, disse a senadora.
Ângela Portela lembrou que os números da violência teimam em não cair, apesar das recentes medidas adotadas pelo poder público, como a adoção de leis Maria da Penha e do feminicídio e de campanhas de conscientização.
“Uma em cada cinco mulheres já sofreu algum tipo de violência por razões de gênero. E em 73% dos casos a agressão foi cometida pelos companheiros das vítimas. Como não falar desse assunto? Como mantê-lo escondido?”, questionou.
A senadora lembrou ainda que a violência contra a mulher tem raízes na cultura brasileira, machista e excludente.
“É contra isso que precisamos lutar. E é por isso que considero acertada a escolha do tema da redação de 2015 do Enem”, frisou.
Assessoria da senadora Ângela Portela
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