Entrevista

Wagner: votos pela reforma tributária são votos em favor do Brasil

Em entrevista, senador fala da expectativa para a votação da reforma tributária no Senado e faz um balanço dos seis meses de governo. “O presidente Lula tem um projeto para o país”
Wagner: votos pela reforma tributária são votos em favor do Brasil

Senador Jaques Wagner durante sessão no plenário do Senado Federal. Foto: Alessandro Dantas

A aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados representa uma expressiva vitória para a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e para as lideranças políticas, especialmente para o presidente Lula. Essa é a avaliação do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), em entrevista concedida à Rádio Metrópole FM, da Bahia, nesta segunda-feira (10/7).

“Nenhuma reforma tributária é fácil de aprovar. O Brasil é muito extenso. Tem interesses diferentes, alguns até conflitantes. Para mim, já foi uma grande vitória”, disse.

O senador classifica os votos obtidos pela proposta por deputados membros da oposição como algo positivo, de pessoas que votam em favor do país.

“Eu vejo os votos do PL a favor da reforma tributária como algo positivo. Quer dizer que tem pessoas ali que votam a favor do Brasil”, avalia. “É do bom senso que precisamos para termos um novo arcabouço fiscal e um novo sistema tributário.”

Apesar das dificuldades que devem ser enfrentadas para modificar o texto no Senado, Jaques Wagner acredita que o dispositivo que garantiria incentivos à indústria automobilística no Nordeste, como a BYD, montadora que substituirá a Ford no Polo Industrial de Camaçari, deve ser recolocado no texto da reforma tributária durante a análise dos senadores.

Os deputados retiraram da proposta o incentivo ao setor na região. O dispositivo estenderia o prazo para convalidação dos benefícios fiscais, mas foi retirado na avaliação dos destaques.

Nova regra fiscal

Jaques Wagner ainda destacou, durante a entrevista, o fato de o governo Lula garantir, com o novo marco fiscal em análise no Congresso Nacional, uma regra muito mais flexível para o controle de gastos sem comprometer poder do Estado de agir.

“Quanto melhor vai a economia, menor presença do Estado. Quanto pior a economia, maior a presença do Estado. Ou seja, uma regra racional”, pontua o senador.

Balanço positivo

O líder do Governo também traçou um panorama positivo dos primeiros seis meses da gestão Lula destacando, principalmente, a retomada de programas sociais que vinham sendo destruídas desde 2016, após o impeachment.

“O presidente Lula tem um projeto para o país. Temos um balanço muito positivo dos primeiros seis meses de governo. Com a retomada dos programas sociais e os investimentos em infraestrutura, ciência e tecnologia, o Brasil retorna ao caminho do desenvolvimento econômico”, comemora Wagner.

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