Para Fátima, é interessante observar que a “relevância” de Maranhão muda conforme a decisão que ele tomaO presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) foi humilhado pelo comportamento hipócrita de alguns parlamentares de oposição que não aceitam a derrota nas urnas e apostou na velha máxima do “quanto pior melhor”. Quem diminui o deputado esquece que ele está em seu terceiro mandato e que foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão, avaliou, nesta segunda-feira (9), a senadora Fátima Bezerra (PT-RN).
Para a senadora, é muito interessante observar que, quando ele apoia e se coloca como “avalista” do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele é considerado “o melhor parlamentar do mundo” e “um deus”. Por outro lado, no dia em que o mesmo parlamentar toma a decisão – à luz da prerrogativa que tem como presidente interino da Casa – de suspender a sessão que aprovou a admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma Rousseff ele passa a ser “intempestivo”, disse.
A senadora pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que respeitasse o povo brasileiro e acatasse a decisão do presidente da Câmara. “Todo esse processo chamado de impeachment é um golpe e o mais sensato e mais respeitoso seria acatar a nulidade desse processo que não se sustenta do ponto de vista de embasamento jurídico e legal”, observou.
“Quem vai decidir o que será feito daqui por diante, uma vez que o Presidente da Câmara considerou nulas as três sessões, é o próprio Plenário da Câmara dos Deputados, que vai exatamente decidir qual rumo terá esse processo”, informou.
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