Em entrevista ao Jornal Rádio PT nesta terça-feira (25), o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), autor do projeto de lei 1.347/21 que criou o Auxílio-Gás no Brasil, aprovado pelo Congresso em outubro passado, ressaltou que, apesar do início do pagamento representar um alívio para as famílias mais necessitadas, o partido irá lutar para recompor recursos retirados pelo governo, o que limitou o alcance da proposta original.
O auxílio é de R$ 52 a cada dois meses e começou a ser pago a 5,47 milhões de famílias em situação de extrema pobreza. No entanto, o texto original garantia o Auxílio-Gás para 24 milhões de famílias.
“Outras 19 milhões de famílias que precisam do Auxílio-Gás ficaram de fora e será necessária muita pressão, pois a situação econômica dessas famílias vai se agravar. Temos aumento de combustíveis semanalmente”, afirmou Zarattini.
Os beneficiários recebem R$ 52 como ajuda para adquirir um botijão de gás, medida necessária diante do aumento abusivo dos preços, culpa da política adotada na Petrobras desde o governo Temer e mantida pelo governo Bolsonaro (veja aqui o calendário de pagamento).
“Essa política de preços do governo não ajuda o desenvolvimento nacional, não ajuda a economia. Eu sempre procuro ajudar a maioria do povo brasileiro, principalmente com projetos de lei ligados à situação econômica da sociedade”.
A Petrobras acabou sendo uma das principais responsáveis pela inflação acima dos 10% registrada em 2021. Os combustíveis, ao lado dos alimentos e da conta de luz, são um dos itens que mais vêm massacrando o orçamento das famílias, que têm sido obrigadas a conviver ainda com a ameaça da fome e do desemprego.