O livro que Hannah Arendt escreveu sobre o julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém tinha como subtítulo “a banalidade do mal”. Eichmann foi sequestrado na Argentina pelo Mossad, o serviço secreto de Israel. Havia organizado o sistema de transporte de judeus para os campos de concentração. Arendt viu um homem medíocre e raso. Um burocrata batedor de carimbos. Alguém que podemos encontrar na rua levando o cachorro para passear, que nos cumprimenta gentilmente e fala sobre o tempo. Nenhuma personalidade tonitruante. Mas agindo com carimbos no mesmo plano de Gengis Khan com a espada ou Torquemada com a fogueira.