No momento que o PT discute o seu futuro e de certa forma os demais partidos do campo da esquerda discutem-no também – tanto em relação ao processo eleitoral do ano próximo, como em relação às estratégias para o próximo período – quero sugerir que o meu partido faça o seu debate de uma forma não tradicional. Não agende o seu discurso a partir de temas relacionados exclusivamente às divergências internas que nos preocupam, mas também – e principalmente – a partir da composição de um bloco de forças econômicas e políticas que podem apoiar uma nova fase do processo da “revolução democrática”, em curso no país: os trabalhadores, os setores médios democráticos, os assalariados em geral, a juventude progressista, os homens e mulheres trabalhadores do campo e os setores empresariais, para os quais o aumento de renda dos mais pobres e as encomendas e investimentos do Estado significam incremento na sua atividade comercial a industrial.