O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgado nesta segunda-feira (12/8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), trouxe um sinal positivo para o setor: alta 1,6 ponto em agosto, chegando a 51,7 pontos.
Esse resultado é registrado depois de dois meses de queda. Com essa recuperação, o ICEI passa de um estado de neutralidade para um patamar de confiança, diz a CNI.
A melhora nas condições atuais está evidenciada nos demais números divulgados: a avaliação da situação das empresas subiu 2,6 pontos, ultrapassando a linha dos 50 pela primeira vez desde janeiro de 2024. Já a da economia brasileira apresentou um crescimento de 3 pontos, chegando a 40,6.
“O aumento recente da produção industrial, do emprego na indústria e do faturamento são fatores que podem ter influenciado positivamente a avaliação das condições atuais por parte dos empresários”, declarou a economista da CNI, Larissa Nocko. Os bons resultados nesses pontos vêm ajudando a criar um ambiente favorável para investimentos e desenvolvimento.
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Juros e câmbio preocupam
Apesar dos avanços, o setor industrial ainda enfrenta desafios. A interrupção na queda da taxa de juros (atualmente em 10,5%) pelo Banco Central do bolsonarista Campos Neto e a volatilidade do câmbio geram um ambiente de incerteza. Essas questões são preocupantes para um setor que necessita de estabilidade para planejar investimentos a longo prazo.
O estudo também revela que as expectativas para os próximos meses em relação ao desempenho das empresas seguem positivas, porém mais reservadas quanto à economia. No entanto, o cenário é de recuperação lenta e consistente, mostrando que a indústria vem se ajustando à nova realidade econômica.
A recuperação da confiança industrial é um sinal positivo, mas o caminho para um crescimento sustentado ainda exige atenção. Políticas que promovam a estabilidade e incentivem a inovação, como as que vêm sendo implementadas pelo governo Lula, são cruciais para transformar esse avanço em progresso duradouro.
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