Projeto do PT

Proposta para que celulares tenham acionamento de emergência contra violência doméstica avança

Projeto relatado pelo senador Fabiano Contarato, aprovado pela Comissão de Comunicação e Direito Digital, avança para análise da CCJ

Alessandro Dantas

Proposta para que celulares tenham acionamento de emergência contra violência doméstica avança

Relatório do senador Fabiano Contarato foi aprovado pela CCDD nesta quarta-feira (11/12)

A Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) aprovou nesta quarta-feira (11/12) projeto que torna obrigatória a instalação de tecnologia em celulares para que eles tenham, no acionamento de emergência, o número do Ligue 180, para denúncias de violência contra a mulher (PL 583/2020). Ele também aumenta a pena para quem registrar cena sexual sem autorização dos envolvidos, mesmo que a vítima esteja com roupas e em lugar público.

O projeto, de autoria do deputado federal José Guimarães (PT-CE), teve parecer favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES). Agora, a proposta vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Para Contarato, é importante expressar em lei a ligação de emergência nos telefones celulares diante do atual cenário de violência contra a mulher no Brasil – segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, os crimes de feminicídio, agressões em contexto de violência doméstica, ameaça, perseguição e estupro continuaram crescendo em 2023.

Cenas proibidas

Atualmente, o crime de produzir, fotografar, filmar ou registrar sem autorização cenas de nudez ou ato sexual gera pena de prisão de 6 meses a um ano. O projeto atribui a mesma pena a quem registrar, sem consentimento, qualquer pessoa em cena sensual ou libidinosa, em locais públicos ou privados, mesmo que a vítima esteja vestida.

“Com essa medida, o projeto busca garantir que atos de registro da intimidade sexual de mulheres e homens sem o seu consentimento sejam devidamente punidos. Para isso, traz condutas ainda não abrangidas expressamente pelos tipos penais existentes e fortalece a proteção da intimidade sexual, especialmente das mulheres, que configuram o gênero mais atingido por esse tipo de violência”, explicou Contarato.

Com informações da Agência Senado

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