Fazer o bem sem olhar a quem, por Paulo Paim

O fio do bigode do gaúcho é sustentado pela palavra dada. Essa é uma lição aprendida em família, transmitida pelos nossos antepassados, reforçada na escola e passada de geração em geração. Um valor que faz toda a diferença.

Ao longo dos anos, aprendemos que o verdadeiro propósito da ação pública é trabalhar para que as pessoas sejam felizes. Para isso, é preciso dar o melhor de si. Parafraseando um ditado popular: “Ou há governo, ou não há governo. Ou se legisla de forma real e verdadeira, ou não se legisla”.

Tudo na gestão pública é uma decisão política. Atrás de gráficos e números, há vidas humanas. Com essa consciência, desde meu primeiro mandato adotei um critério republicano para a distribuição de emendas individuais ao Orçamento Geral da União. Estabeleci que os 497 municípios gaúchos seriam contemplados de forma democrática, justa e transparente, em sistema de rodízio. Independentemente de afiliações políticas ou greis partidárias, cada município recebeu pelo menos uma emenda a cada dois anos.

Hoje, quase três mandatos depois, posso afirmar que esse sistema deu certo, inclusive com reconhecimento da ampla maioria dos prefeitos. Portanto, o bem comum deve estar acima de interesses pessoais e disputas regionais. Não há mais espaço para lutas fratricidas entre chimangos e maragatos, nem para “grenalizar” temas que dizem respeito à melhoria da vida das pessoas.

Agora, em 2025, indiquei um total de R$ 109.560.712 para beneficiar 411 municípios. Não faço emenda Pix. Esses recursos serão aplicados em áreas essenciais, como saúde, infraestrutura, agricultura, educação, segurança pública e assistência social. Quem ganha com isso é a população.

A máxima que norteia minha atuação é clara: “Fazer o bem sem olhar a quem”. Toda semente lançada ao solo pode germinar, crescer e dar frutos que alimentam sonhos e esperanças. Seguimos em frente, com o coração e a mente voltados para o bem-estar e o bem-viver da nossa gente.

Artigo originalmente publicado na Zero Hora