Ele apresentou projeto propondo restrições a refrigerantes nas escolas
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Mudanças no padrão nutricional, transformações sociais e oferta sem precedentes de alimentos processados e industrializados modificaram o perfil do brasileiro médio. Estamos nos alimentando de maneira muito diferente da que adotada tradicionalmente e nos aproximando cada vez mais dos padrões norte-americanos.
“Hoje, o problema mais grave no quesito alimentação já não é mais a fome e, sim, as graves enfermidades associadas ao excesso de peso”, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS). Em discurso ao plenário, o senador gaúcho alertou para a necessidade de que se mantenha a alimentação infantil sob controle, para evitar o risco de uma grave epidemia de doenças ligadas ao excesso de peso, como a hipertensão e diabetes. “Está muito bem estabelecido no âmbito médico que o início precoce do ganho de peso torna menores as expectativas de reversão desse quadro no futuro”, disse.
Paim esclareceu que “engordar na infância é meio caminho andado para permanecer obeso no decorrer da vida, e isso configura um grave problema de saúde pública”. Para evitar esse risco, o senador apresentou, ainda em 2005, um projeto de Lei (PLS 406), proibindo a comercialização nas escolas de refrigerantes ou bebidas de contenham quantidades elevadas de açúcar, gordura saturada, gordura trans, sódio, ou mesmo o sal de cozinha comum.
O projeto foi relatado pela senadora Angela Portela (PT-RR) e segue recomendação explícita da Organização Mundial da Saúde, em sua Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável. A matéria, segundo Paim, encontra-se em sua fase final de tramitação.
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