CPMI vai continuar, mas ainda não se sabe por quanto tempo

Relatório de Odair Cunha está pronto para ir à votação no próximo dia 13 e seguir com os debates até o fim da sessão deliberativa: 22 de dezembro.

A sobrevivência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira, agora, é uma questão de tempo. Os dois lados – governistas e oposicionistas – concordam em um único ponto: é preciso um prazo maior para concluir os trabalhos. Pelo calendário inicial, os trabalhos se encerram no próximo domingo (04/11).

A oposição quer mais 180 dias – o prazo máximo – para prosseguir na tentativa de tomada de depoimentos, abertura de sigilos e novas linhas de investigação. Os governistas acham que já têm elementos suficientes para ao menos indicar conclusões e querem mais 48 dias para debater, deliberar e votar o relatório. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), diz que seu trabalho está pronto. A ideia seria apresentar o relatório para votação no próximo dia 13 e seguir com os debates até o fim da sessão deliberativa: 22 de dezembro.

Mas os parlamentares de oposição, liderados, entre outros pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Rubens Bueno (PPS-PR) querem convocar novos depoentes – entre eles o jornalista Policarpo Júnior da revista Veja, e abrir novos sigilos bancários, como o da empresa Delta em nível nacional.

Na manhã desta quinta-feira (31/10), assessores fincaram pé no corredor das comissões, exatamente no caminho dos senadores. Munidos, cada qual do requerimento que defendem, tentavam convencer os parlamentares. Quem conseguir os números necessários e conseguir protocolar vence.

Para a CPI ser prorrogada, é preciso que um em cada três parlamentares apoie a continuidade das investigações. São 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores

Giselle Chassot

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