A principal acusação feita pelos sindicatos é a de que uma fábrica inaugurada em 2007, não produziu vacinas, efetivamente, até 2013. Antes disso, o instituto apenas rotulava ou colocava as vacinas em recipientes para o consumo. Em resposta, que o instituto alegou que estava seguindo o acordo de transferência de tecnologia com a empresa Pasteur-Merieux (atualmente Sanofi-Pasteur) e que, em 2007, começou o “treinamento de pessoal”, que “envolveu diversas e complexas etapas e obedeceu a uma cronologia extensa.”
O Instituto Butantã também rebateu relatos de nepotismo, de contratação sem concurso e de pagamento de salários em desacordo com os critérios legais. “A entidade está em dia com as obrigações perante o Ministério Público Estadual, tendo apresentado prestação de contas referente ao exercício financeiro de 2013”, afirma o documento assinado por Jorge Kalil.
Apesar dos esclarecimentos prestados, Suplicy acredita que a investigação que corre no governo de São Paulo, por solicitação sua, precisa de um desfecho. O senador ponderou que assim como enviou o documento dos Sindicatos dos Químicos e Farmacêuticos para o Corregedor-Geral da Administração do Estado de São Paulo, Gustavo Ungaro, também repassará as informações prestadas pelo Butantã. “Dessa maneira, o corregedor terá elementos mais completos para apurar todos os problemas originalmente relatados”, afirmou.
Suplicy ainda se colocou à disposição para participar, como mediador, de um diálogo entre sindicatos e o instituto. “A ideia é colaborar para que sejam superadas as diferenças de natureza pessoal, para que, no interesse do centenário Instituto Butantan, possa ele sempre estar à altura dessa instituição de enorme importância científica, histórica e patrimonial para São Paulo e para o Brasil”, concluiu.
