Jucá não pode transformar angústia pessoal em metralhadora, diz Ângela

Ângela: com a derrota nas eleições, Jucá vive momento complicadoNa semana passada, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) mandou o colega Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) “lavar a boca”. Isso porque Mozarildo havia lido denúncia de um jornal de Roraima de superfaturamento em compra de remédios pela Prefeitura de Boa Vista. Nesta quarta-feira (26), em plenário, a senadora Ângela Portela (PT-RR) rebateu duramente a crítica de Jucá.

 

A denúncia do Tribunal de Contas de Roraima foi divulgada pelo periódico Folha de Boa Vista e lida pelo senador Mozarildo, em plenário, no dia 18 de novembro. Logo após, Jucá subiu à tribuna e disse que Mozarildo “tem que lavar a boca quando falar da Prefeita Teresa e do secretário Marcelo Lopes, porque eles trabalharam bem”, afirmando que as acusações do tribunal têm interesses políticos.

“Para mim, foi uma ofensa, clara injusta e inadmissível ao senador de Roraima [Mozarildo], que tem um passado limpo, é um político decente, e que sempre pautou a sua vida política e familiar na mais inteira decência”, afirmou Ângela.

A senadora acrescentou que sabe que Jucá atravessa um momento “delicado” após a derrota nas urnas para o governo de Roraima – o filho dele, Rodrigo Jucá (PMDB), foi vice do candidato derrotado, Chico Rodrigues (PSB). A vencedora do pleito foi à candidata Suely Campos.

“Há aí também a frustração de ter mudado de lado e assistido à vitória do PT sobre o PSDB em nível nacional, e a constatação, também nessas eleições, de seu desgaste político em Roraima. Há ainda a preocupação com os desdobramentos da Operação Lava-Jato”, disse a senadora.

Ângela acrescentou que Jucá também atacou a recém-eleita governadora de Roraima, Suely Campos, e seu marido, o ex-governador Neudo Campos. “Registro que a liderança de Campos, em Roraima, advinda do respeito e do apoio popular, foi comprovada com a expressiva vitória de Suely Campos, que se tornou a primeira governadora eleita de Roraima e a única mulher eleita governadora no nosso País”, destacou.

Ainda de acordo com a parlamentar petista, foi uma vitória de Davi contra Golias. “Ficou clara a existência de um verdadeiro esquema de compra de votos e de abuso de poder econômico, assim como já ocorrera nas eleições de 2010. A verdade é que enfrentamos um grupo político que tinha em mãos o governo estadual e a prefeitura da capital Boa Vista e 11 prefeituras das 14 do interior”, afirmou.

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