Regina: Já faz tempo que, nós mulheres com mandato, enfrentamos diuturnamente a misoginiaA senadora Regina Sousa (PT-PI) repudiou os ataques misóginos a mulheres no Brasil e no exterior que estão à frente de cargos no Legislativo e no Executivo. Além das manifestações deploráveis contra a presidenta Dilma, Regina destacou outras afrontas à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), à pré-candidata do partido Democrata à presidência dos EUA Hillary Clinton e à ex-presidenta da Argentina Cristina Kirchner.
“Já faz tempo que, nós, mulheres com mandato, enfrentamos diuturnamente a misoginia, que é o ódio às mulheres, é mostrar as mulheres como incapazes”, disse Regina, lembrando que as afrontas são feitas por homens e até mesmo por mulheres.
A presidenta Dilma foi alvo de recente ataque da revista IstoÉ, que publicou reportagem de capa sugerindo que a presidente “estaria fora de si” por conta da crise política no Brasil. Diversas autoridades, jornalistas, professores e integrantes de movimentos feministas divulgaram notas de repúdio à matéria.
“O que a IstoÉ fez com Dilma na edição passada é crime. Até porque é falsa essa história. A intenção é passar a mulher, não Dilma, como nervosa, destemperada. Não é à toa que vemos empresas que não querem contratar mulher, porque tem TPM, menopausa, etc”, destacou a senadora petista.
Os casos envolvendo Cristina Kirchner e Hillary Clinton são manchetes na imprensa desqualificando o papel dessas líderes mundiais. Kirchner foi alvo de capas de revistas misóginas devido ao livro que relata supostos romances da ex-presidenta, enquanto Hillary é acusada de ser uma pessoa raivosa.
Para Regina, essas manifestações da imprensa visam passar às pessoas o medo de votarem em mulheres. “Nesse cenário de polarização [política], as revistas, os meios de comunicação se prestarem a isso é grave. A gente precisa tomar providência. Não dá para a gente aceitar que isso se chame jornalismo”, disse.
Apoio à Gleisi
Regina Sousa ainda manifestou apoio à colega de Senado Gleisi Hoffmann (PT-PR), recentemente vítima de agressões verbais de manifestantes no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba.
“O que ela [Gleisi] sofreu foi assédio moral. Tem componente machista aí também. Duvido que fariam isso com um homem”, acusou Regina.
Para ela, os ataques são uma arma que os que não têm argumento utilizam: em vez de fazer o debate, ficam agredindo as pessoas.
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