Fátima: ““Estaremos na luta até garantir que não vai haver golpe”A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) destacou, nesta quarta-feira (13), em plenário, o quanto a resistência à tentativa de golpe em curso cresceu no País. Para ela, esse movimento com caráter suprapartidário tem crescido justamente pela defesa de algo fundamental para pessoas tão diferentes: a defesa da democracia.
“Isso fica muito claro quando vemos que essa resistência democrática tem um caráter suprapartidário, tem se incorporado em diversos setores da sociedade. A resistência democrática cresceu muito porque dela começaram a fazer parte artistas, intelectuais, juristas, religiosos, juventude, mulheres”, disse.
A senadora lembrou de partidos que tem se posicionado contra o golpe, como PSOL, PDT e PCdoB, entre outros. O PSOL, por exemplo tem posição firme de oposição ao governo. Mas nem, por isso, deixou de analisar a realidade que estamos vivenciando e, portanto, se posicionar claramente contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma, observou.
“Hoje mesmo, por exemplo, o deputado Ivan Valente e a deputada Luiza Erundina publicam um artigo no jornal Folha de S. Paulo, em que colocam por que estão totalmente fechados com a defesa do mandato da presidenta Dilma”, destacou.
“Tenta-se atribuir um crime de responsabilidade a alguém que ainda não está sequer denunciado por nenhum crime. É, portanto, desonesto dizer, como fazem os patrões da Fiesp, que ser contra o impeachment é ser a favor da corrupção. Impeachment sem crime de responsabilidade tem nome: é golpe”, diz trecho do artigo, lido pela senadora.
A senadora aproveitou ainda para enaltecer a decisão do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que hoje decidiu, em reunião que contou com a presença de 19 dos 20 deputados da bancada, a posição fechada de votar contra o impeachment. “O PDT hoje, por meio de seu líder, Weverton Rocha, afirmou que ‘não é agora neste momento que nós vamos pular do barco como se nós fôssemos ratos’”.
Ao final de seu pronunciamento, Fátima Bezerra destacou que a história se encarregará de guardar os nomes daqueles que se unirem a Eduardo Cunha, Michel Temer e a “essa horda de golpistas, para rasgar nossa Constituição e perpetuar o golpe”.
“Estaremos na luta até garantir que não vai haver golpe. Este não será o País do ódio, da vingança e das traições. Vitória da democracia”, concluiu.
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