O Brasil já chegou a alcançar a meta do Ministério da Saúde de imunizar 95% das crianças do país. Mas isso foi durante o governo Dilma Rousseff, já que a gestão Michel Temer conseguiu a façanha de registrar os piores índices de vacinação infantil em pelo menos 16 anos.
Todas as vacinas indicadas a menores de um ano tiveram percentuais abaixo da meta. Fora a BCG, com 91,4%, as demais apresentam alcances em 2017 que variam entre 70% e 83,6%. Os dados são do Programa Nacional de Imunizações.
As vacinas com redução nas coberturas estão entre aquelas que protegem contra doenças como rubéola, meningite e sarampo. No caso desta última, desde 2002, a taxa de cobertura da vacina tríplice viral ficava próxima a 100%. Agora, esse percentual está em 83,9%.
Se as imunizações caem, aumentam o número de casos da doença, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo. São 172 casos confirmados de sarampo em Roraima, além de 147 confirmados no Amazonas e 5 no Rio Grande do Sul. Ao todo, os três estados somam outros 1.240 casos em investigação.
Os números mostram o resultado da queda dos investimentos em saúde pública no país. Enquanto houve um aumento considerável de recursos para a área de R$ 68,88 bilhões em 2002 para R$ 105,4 bilhões em 2015, houve retrocesso na gestão Temer: R$ 103,9 bilhões no ano passado. Os valores foram corrigidos a partir do Índice de Preços ao Consumidor.
PT investiu na primeira infância
Durante 12 anos de governos do Partido dos Trabalhadores, a primeira infância foi uma das prioridades. Só na cobertura vacinal, o país atingia a marca de cobertura vacinal de 95% das crianças em 35 mil postos de saúde.
Na gestão Dilma, por exemplo, foi sancionado o Marco Legal da Primeira Infância – matéria relatada por Fátima Bezerra (PT-RN) no Senado. A lei cria uma série de iniciativas voltadas à promoção do desenvolvimento das crianças até os seis anos de idade. Também amplia a licença-paternidade para 20 dias nas empresas que aderem ao programa Empresa Cidadã.
Outra iniciativa foi o lançamento do programa Brasil Carinhoso. Com ele, as famílias com crianças e adolescentes até 15 anos foram beneficiadas com um complemento de renda do Bolsa Família, que garante que 8,1 milhões de crianças se mantenham fora da extrema pobreza.
O programa ainda garantiu o desenvolvimento de cuidados adicionais na área da saúde. Entre eles, a suplementação de vitamina A e sulfato ferroso. E, por meio do NutriSUS, a alimentação de mais de 330 mil crianças foi suplementada com sachês multivitamínicos, que reduzem em até 38% os casos de anemia e em 20% a deficiência de ferro após o uso.
Resultados visíveis
As ações promovidas nos governos Lula e Dilma resultaram na redução da mortalidade infantil no país. Enquanto em 2002 esse índice foi de 26 em cada 1.000 nascidos vivos, em 2015 o percentual cai 13,8 a cada 1.000 nascidos vivos.
Ministro da Saúde no governo Lula, o senador Humberto Costa (PT-PE) lembra que a saúde pública no país foi um dos maiores legados dos governos Lula e Dilma.
“O resultado disso são os indicadores que melhoraram sensivelmente ao longo de 13 anos de governos do PT. Reduzimos a mortalidade infantil, a mortalidade materna, os indicadores de doenças infectocontagiosas e, acima de tudo, tivemos o reconhecimento internacional pelo trabalho que as gestões petistas desempenharam em defesa da saúde da população”, disse Humberto.
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