A ausência de uma política econômica que permita uma saída para a crise continua a ampliar seus efeitos na vida dos brasileiros. Na última sexta-feira saiu o IPCA-15, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que leva em conta a cesta de produtos e serviços para famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos em nove regiões metropolitanas, além de duas capitais (Brasília e Goiânia). O índice bateu em 0,94%. É o mais alto em 25 anos.
A façanha de Paulo Guedes é conseguir em apenas 20 meses o pior resultado da inflação para outubro desde 1995. Junto com Jair Bolsonaro, o ministro da Economia segue massacrando os mais pobres, pela combinação de inflação alta de alimentos e queda de renda com o fim da redução do auxílio emergencial e a alta do desemprego. Também nesta sexta, saiu outro dado que mostra o colosso de Guedes: o IBGE informou que a taxa de desemprego bateu recorde em setembro, chegando a 13,5 milhões de trabalhadores. Em maio, eram 10,1 milhões de desempregados. Um crescimento de 33%.
“A inflação teve o pior resultado em 25 anos e o desemprego é recorde também. A economia em queda livre. Por isso pedimos Fora Bolsonaro”, disse o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.
Bolsonaro desdenha do sofrimento do povo
Em um passeio por Brasília nesse domingo (25), Bolsonaro foi abordado por apoiadores quando um homem pediu para que baixasse o preço do arroz. Irritado, Bolsonaro disse para o cidadão comprar o alimento na Venezuela.”É isso que o cidadão, com fome, escuta do seu presidente”, lamentou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Em setembro, Bolsonaro afirmou que o governo não interferiria nos preços e pediu “sacrifício e patriotismo” dos supermercados para baixar o valor dos itens de básicos.
PT apresentou propostas para a crise
O PT apresentou em setembro o Plano de Reconstrução e Transformação que não apenas revoga a regra do teto de gastos como propõe como sugere uma nova política fiscal, gradual e segura, que leve em conta o bem-estar da população nos próximos dois anos. A manutenção da atual política fiscal vai comprometer o futuro do país, porque impede aumento de despesas em áreas vitais, como saúde e educação, até 2036.
No Senado, o líder Rogério Carvalho (PT-SE), apresentou com a bancada do PT e mais 25 assinaturas de outros senadores a Proposta de Emenda Constitucional 36/2020, que cria uma regra de transição de regime fiscal em 2023, com novas regras de gastos plurianuais, de quatro em quatro anos, estabelecendo metas por setor, garantindo financiamento dos serviços essenciais e investimentos e ao mesmo tempo apontando pra sustentabilidade fiscal.
Com informações da Agência PT