O senador, que há treze anos acompanha o desenrolar do fundo Aerus, lembrou que o documento da Fentac pede apoio dos parlamentares para resolver essa pendência que envolve o governo, o Poder Judiciário e os beneficiários. “Não há qualquer previsão de pagamento para o mês que vem e, tragicamente, já ocorreram 1.008 falecimentos entre o dia da liquidação do fundo, em 2006, até hoje. Imaginem que, a cada três dias, morresse um familiar ou um amigo próximo. Esta é a sensação que os participantes do Aerus têm”, salientou.
No documento lido por Paim, representantes dos participantes do fundo afirmam que o Poder Judiciário não dará uma resposta a tempo e as pessoas continuarão morrendo, por isso conclamam os parlamentares a apoiarem essa causa. “Não queremos e não precisamos de uma guerra política contra o governo, mas apenas uma grande movimentação suprapartidária para demonstrar que o governo erra ao encerrar as negociações para que o acordo aconteça. A Federação pede apoio para formar uma só voz frente ao Poder Executivo”, diz o documento.
“Eu continuarei com a mesma firmeza e com a mesma convicção, porque entendo a indignação deles”, disse Paim, acrescentando que gostaria que seu pronunciamento fosse visto mais do que uma reclamação, mas uma chamada para mobilização. “O documento pede isso, que haja uma grande mobilização. Espero que isso aconteça e a gente consiga o acordo”, salientou.
Copa das Copas
O senador Paim, em seu pronunciamento, também falou sobre a derrota dos pessimistas ante o sucesso da Copa do Mundo no Brasil. Otimista de carteirinha, Paim disse que os pessimistas têm medo e que deveriam batalhar mais. Por isso diziam que nada daria certo. “O Brasil foi alvo de um verdadeiro bombardeio derrotista dos pessimistas, tanto internamente quanto de setores internacionais. A torcida era para um cenário sombrio, para não dizer catastrófico”, observou.
O sucesso do evento fez até o secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, dobrar os joelhos e afirmar ontem que o Brasil realmente faz a Copa das Copas. Paim mostrou que até dia 25 de junho os turistas estrangeiros já tinham gastado US$ 365 milhões no País e esses dados do Banco Central são preliminares. “Falava-se em 660 mil estrangeiros vindos de 180 países. Sabe-se hoje que esse número dobrou e são mais de três milhões de brasileiros viajando pelo País. Tem nortista tomando chimarrão e gaúcho comendo acarajé”, disse. Segundo ele, no Rio Grande do Sul a visita de mais de 300 mil turistas fez a economia local movimentar mais de R$ 1 bilhão.