As tratativas para a criação do banco desse bloco de países começaram há dois anos, quando os dirigentes dessas nações entenderam que o protagonismo de seus países é crescente e há necessidade de estabelecer uma nova ordem mundial do ponto de vista do desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Paim destacou que o banco dos Brics foi criado à semelhança do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Terá capital inicial no valor de US$ 50 bilhões, divididos igualmente entre os fundadores. Esse valor poderá chegar facilmente aos US$ 100 bilhões e os empréstimos serão concedidos a outros países emergentes. “Os países terão prazo de sete anos para disponibilizar o valor em parcelas crescentes. No caso do Brasil, o aporte virá de recursos do Tesouro”, explicou.
O acordo feito entre os países prevê que outras nações também poderão se associar ao banco, mas os cinco membros fundadores deverão manter um mínimo de 55% de participação conjunta. “O Brasil poderá indicar o primeiro presidente do conselho de administração do banco. Já a Índia, que apresentou a ideia inicial de criação do banco, terá o direito de indicar o primeiro presidente e a Rússia, o presidente do conselho de governadores. A China irá sediar a instituição, que ficará em Xangai e a África do Sul vai sediar o Centro Regional Africano do Banco”, contou.
Segundo Paim, nos termos do acordo está prevista a rotatividade na presidência da instituição. Primeiro será a Índia, depois o Brasil, seguido pela Rússia, África do Sul e China. Os mandatos serão de cinco anos.