Os investimentos na economia brasileira devem crescer 26% entre 2014 e 2017, na comparação com os quatro anos imediatamente anteriores, conforme dados da pesquisa Perspectivas de Investimento no Brasil 2014-2017 divulgada, nesta segunda-feira (21), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As empresas que atuam no país devem investir R$ 3,98 trilhões a partir do ano que vem até 2017. Os investimentos na economia de
De acordo com o economista-chefe do BNDES, Fernando Pimentel Puga, após queda na participação do Produto Interno Bruto (PIB) de 19,1% para 18,1% entre 2011 e 2012, por causa da crise financeira mundial, nota-se que a trajetória de alta da taxa de investimento está sendo retomada. Segundo o economista, a taxa de investimento nos nove meses deste ano, de 18,9%, é três vezes maior que o PIB. Isto reforça a perspectiva de bom desempenho da economia brasileira.
Puga destacou que os investimentos na indústria devem superar R$ 1,1 trilhão, com aumento de 24,3% em relação às aplicações dos quatro anos anteriores. O setor de petróleo e gás vai liderar os investimentos, com previsão de R$ 458 bilhões para o quadriênio 2014-2017, em relação aos R$ 311 bilhões aplicados no quadriênio anterior. “Esse setor está sendo o grande investidor da indústria, com perspectiva de crescimento robusto de 8% ao ano. A depender do resultado do leilão do Campo de Libra – marcado para hoje, é possível que o investimento seja ainda maior”, comentou.
O economista também chamou a atenção para o setor automobilístico, com a sinalização de maior dinamismo do consumo de bens duráveis. Os investimentos no setor automotivo (montadoras e peças) são estimados em R$ 74 bilhões.
Os setores de extração mineral e siderurgia foram os únicos com previsões de queda para os próximos quatros anos. Em comparação com 2009-2012, os investimentos no setor de minério no período devem cair 31,9% (R$ 47,7 bilhões ante R$ 70 bilhões) e no setor de siderurgia, 68,2% (investimentos de R$ 10,4 bilhões ante R$ 32,6 bilhões). O estudo sugere que a queda dos investimentos no setor extrativista mineral deve-se ao arrefecimento da demanda, ao excesso de capacidade da indústria de mineração e ao aumento dos custos operacionais em quase todos os países produtores.
Os maiores investimentos estão previstos em agricultura e serviços: R$ 1,5 trilhão em 2014-2017, um aumento de 30,9% na comparação com o quadriênio anterior. Os investimentos em residências devem passar de R$ 867 bilhões (22% de aumento) e em infraestrutura, de R$ 509,7 bilhões (24,8% de aumento).
Os investimentos em logística devem crescer 57% nos próximos quatro anos, na comparação com o quadriênio 2009-2012. Dos investimentos previstos em infraestrutura, R$ 509,7 bilhões, essa área deve receber R$ 163,5 bilhões no período. Os maiores investimentos previstos para o bloco estão em transporte rodoviário, R$ 62,4 bilhões, com crescimento de 15,6%, e nos portos, 124%, nos próximos quatro anos, com previsão de R$ 33,7 bilhões.
Os investimentos em ferrovias devem somar R$ 59,3 bilhões, com 108,4% de aumento em relação ao quadriênio imediatamente anterior. Em aeroportos, os investimentos previstos são de R$ 8,1 bilhões, um aumento de 19,5% na comparação com os quatro anos anteriores.
Com informações da Agência Brasil
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