Infraestrutura

Com participação de Paim, Congresso lança frente em defesa da indústria naval

Entre 2005 e 2018, nas gestões petistas, os investimentos na indústria naval ergueram mais de 350 embarcações e plataformas, fazendo o país saltar de 1.900 empregos no setor, no ano 2000, para mais de 80 mil até 2014
Com participação de Paim, Congresso lança frente em defesa da indústria naval

Para Paulo Paim, revigorar a indústria naval brasileira significa potencializar o desenvolvimento do país. Foto: Alessandro Dantas

Revitalizada pelos governos Lula e Dilma, a indústria naval brasileira regrediu décadas com o desmonte promovido pelas gestões Temer e Bolsonaro. Todo o marco institucional do petróleo foi alterado no Brasil. No ano seguinte ao golpe, Michel Temer reduziu pela metade a exigência de conteúdo local nos leilões de óleo e gás, que havia ultrapassado a casa dos 80%. A “flexibilização” da política de conteúdo local teve impacto profundo sobre as empresas brasileiras de fornecimento de serviços, máquinas e equipamentos no setor.

Outro duro golpe foi Jair Bolsonaro zerar o imposto de importação para a aquisição de embarcações destinadas à operação de cabotagem no país em novembro de 2019, logo após a notícia do fechamento do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape (PE).

Mas uma das prioridades do governo Lula dará mais um passo, na próxima semana, para se tornar realidade: a retomada da indústria naval no país. O Congresso Nacional lançará a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Naval. A cerimônia de lançamento do colegiado, que contará com a participação do senador Paulo Paim (PT-RS), será realizada no dia 4 de julho, às 18h, na Câmara dos Deputados.

“No passado, tivemos o exemplo do Polo Naval de Rio Grande, legado do segundo governo Lula. Foram investidos mais de R$ 15 bilhões e criados milhares de postos de trabalho. Uma enorme roda começou a girar. As pessoas estavam felizes. Lamentavelmente, a partir de 2017, todo esse projeto começou a ser desfeito, obras ficaram paradas, trabalhadores amargaram o desemprego. Agora é a hora da mudança. O Brasil vai voltar aos trilhos”, afirma o senador Paulo Paim (PT-RS), membro da frente parlamentar.

“Revigorar a indústria naval brasileira é potencializar o desenvolvimento do país. É investir na ciência e na tecnologia, é incrementar a economia e atrair novos investimentos locais, gerar emprego e renda, oportunizando melhores condições de vida para a população”, completa o senador.

De acordo com o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), presidente da frente, o objetivo é propor e apoiar iniciativas públicas e privadas que contribuam para o desenvolvimento e a expansão do setor.

“Acredito que o fortalecimento da indústria naval brasileira deve estar no centro de uma política de reindustrialização do Brasil, fundamental para o reposicionamento da nação na nova ordem econômica mundial”, ressalta Lindenmeyer.

Retomada da economia

Lindenmeyer explica que o investimento na indústria naval já provou ser uma alternativa positiva para o país. Entre 2005 e 2015, nas gestões petistas, foram erguidas mais de 350 embarcações e plataformas. Esses investimentos desenvolveram uma cadeia produtiva que envolveu setores como o siderúrgico, elétrico-eletrônico, madeireiro e mobiliário, químico, de transporte, maquinários, geração de energia e serviços. Os empregos no setor cresceram de 1.900, no ano 2000, para mais de 80 mil até 2014. 

“A indústria naval, por tudo isso, é estratégica para o Brasil. Sua potencialidade para gerar empregos, ampliar a renda das famílias e alavancar o desenvolvimento socioeconômico é imensa, e a Frente Parlamentar estará a serviço desse objetivo”, conclui o parlamentar.

Com informações da Assessoria do deputado Alexandre Lindenmeyer

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