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Humberto: advogada de médicos da Prevent foi vítima de lawfare

Bruna Morato foi condenada a pagar indenização por danos morais. Nesta terça (7), senador lança livro sobre investigação
Humberto: advogada de médicos da Prevent foi vítima de lawfare

Foto: Alessandro Dantas

O senador Humberto Costa (PT-PE) esteve com Bruna Morato nessa quarta-feira (1º) para prestar solidariedade à advogada que recentemente foi condenada pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 300 mil para a Prevent Sênior.

Bruna Morato foi a responsável por representar um conjunto de médicos da operadora de saúde junto à CPI da Covid. Ela foi designada pelos profissionais de saúde para entregar aos membros da CPI provas de irregularidades praticadas pela empresa no tratamento de pacientes durante a pandemia e o assédio cometido contra os médicos contratados pela operadora.

“Bruna Morato desempenhou um papel muito importante na CPI da Covid e tornar públicas uma série de denúncias de uso inadequado de medicamentos ineficazes contra a Covid-19 e [prática] de assédio moral no trabalho. [Essas provas] foram fundamentais para que a verdade sobre a condução do governo [anterior] sobre a pandemia viesse ao conhecimento da população”, destacou o senador.

A empresa entrou com uma ação por danos morais contra a advogada e o juiz Gustavo Coube de Carvalho, da 5º Vara Cível de São Paulo, afirmou que Bruna Morato não apresentou provas para sustentar suas acusações. Por isso, ela foi condenada a pagar R$ 300 mil à operadora como indenização por danos morais. Ela pode recorrer contra a decisão.

“Se o Poder Judiciário tivesse tido a mesma rapidez para julgar os processos das denúncias feitas contra a Prevent Sênior, com certeza teríamos mais fatos a revelar para o Brasil e a justiça começaria a ser feita”, disse Humberto. “Se tratou de um caso típico de lawfare. Uma perseguição política feita se utilizando de argumentos jurídicos e do próprio Poder Judiciário”, completou o senador.

De acordo com o parlamentar, o grupo de senadores opositores ao ex-presidente e às práticas negacionistas patrocinadas por ele na gestão anterior, conhecido como G7 da CPI, devem soltar uma nota conjunta de solidariedade à advogada.

“Nós haveremos de desfazer essa sentença no momento em que forem feitos os recursos adequados”, pontuou Humberto Costa.

Foto: Alessandro Dantas

A advogada Bruna Morato agradeceu o apoio e afirmou que além da busca pela justiça, mantém o trabalho para que as vítimas da pandemia não caiam no esquecimento. “Desde o início da denúncia [estou] em busca de justiça, em busca da verdade, para que as vítimas da Prevent [Sênior] e as vítimas da pandemia, no geral, não sejam esquecidas”, disse.

Além de ser ouvida pela investigação realizada no Senado, a advogada dos médicos da Prevent Sênior também prestou depoimento à CPI formada pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo.

Para Bruna, a Prevent Sênior tenta “inverter a posição das partes na história”, e que a operadora atuou como “cúmplice do governo federal para difundir o uso da cloroquina”.

Livro sobre trabalhos da CPI será lançado em Brasília
Os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) lançam na próxima terça-feira (7), o livro “A política contra o vírus – Bastidores da CPI da Covid”, em evento na Livraria da Travessa do Casa Park em Brasília.

Na publicação, os parlamentares revisitam o percurso da investigação desde o trabalhoso processo para coleta de assinaturas, passando pela instalação do colegiado e as investigações que levaram a sequência de descobertas que chocaram o Brasil.

Confira abaixo o convite para o evento

Foto: Reprodução

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