Ângela critica descaso de telefônicas em Roraima

Ângela: falta de comunicação prejudica negócios em RoraimaA senadora Ângela Portela (PT-RR) denunciou o descaso das operadoras telefônicas com os consumidores do estado de Roraima. Durante discurso em plenário nesta quinta-feira (13), a parlamentar questionou se essas empresas têm, de fato, compromisso com os seus consumidores.

“Há cerca de 10 dias, toda a região Sul de Roraima – composta pelos municípios de Caroebe, São João da Baliza, São Luiz do Anauá, Rorainópolis – sofreu com um verdadeiro apagão dos serviços. A operadora Oi é a única a oferecer telefonia naquela região, o que deixa reféns os moradores dessas localidades”, disse a senadora.

Ainda de acordo com a parlamentar, quando a empresa foi questionada quanto às reclamações, a direção da operadora se limitou a dizer à imprensa que não havia registros de problemas nos serviços prestados.

Os que utilizam os serviços da operadora Vivo também passaram por situação semelhante em todo o Estado, segundo a senadora, por cerca de dois meses seguidos. Segundo Ângela, era necessário fazer até cinco tentativas para se conseguir completar uma simples chamada telefônica. A resposta para a queixa foi a mesma dada pela Oi: sem registros de problemas.

“Essas pessoas [os clientes das operadoras] deixaram de fazer novos negócios, perderam mercadoria, não puderam manter contato com seus familiares, entre tantas outras situações inerentes à falta de comunicação”, denunciou a parlamentar.

Além da prestação ruim nos serviços de telefonia, de acordo com a petista, a situação é ainda pior quando se trata de internet. “Nem a capital de Roraima, Boa Vista, que tem a maior parcela da população do Estado, está livre da oscilação constante, do alcance baixo e da cobertura muitas vezes praticamente nula. Uma rápida chuva no meio da tarde é capaz de causar um verdadeiro blecaute digital”, disse.

Em Roraima, segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), são 508.407 linhas ativas de telefonia móvel – mais de uma por habitante.

 “Quando as operadoras, que deveriam oferecer conexão rápida à internet e comunicação eficiente, no caso da telefonia, vão passar a prestar serviços condizentes com o que cobram, e até mesmo com os aparelhos de tecnologia avançados por eles comercializados?”, questionou.

Plano Nacional de Banda Larga

Ângela também registrou uma audiência pública que aconteceu esta semana, no Senado, para avaliar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo ela, o senador Aníbal Diniz (PT-AC) está concluindo relatório que tem o intuito de melhorar o PNBL, criado para massificar o acesso à internet no Brasil e para promover a inclusão digital.

“E não haveria momento mais oportuno para cobrar das operadoras que oferecem o serviço na região Norte, em especial em Roraima, que cumpram com as regras do Plano e garantam qualidade ao serviço e preço justo”, disse.

A parlamentar ainda comemorou o anúncio feito pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de que o plano de universalização da banda larga, prometido pela Presidenta Dilma durante as eleições, será mesmo efetivado nos próximos quatro anos. Segundo o ministro, os custos com a implantação do plano de universalização da banda larga serão da ordem de R$50 bilhões, a partir de parceria com a iniciativa privada.

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