ANP: leilão de gás e petróleo supera R$ 2 bilhões e bate recorde

A 11ª rodada da ANP ultrapassou o recorde anterior em arrecadação, ao atingir R$ 2,3 bilhões, valor acima do estimado pela agência reguladora. 


Todos os 20 lotes de exploração de óleo e gás
localizados na Bacia do Parnaíba – localizada
entre Piauí, Maranhão e Tocantins – foram
arrematados

 

Com a venda de todos os blocos ofertados na parte marítima da Bacia do Espírito Santo, a 11ª rodada da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ultrapassou o recorde anterior em arrecadação, ao atingir R$ 2,3 bilhões, valor acima do estimado pela agência reguladora. A primeira parte da 11ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios depois de cinco anos de vácuo terminou com um sinal claro: as expectativas de arrecadação foram superadas. Fazem parte desta Rodada de licitações 289 blocos de petróleo e gás natural distribuídos numa área total de 115,8 mil quilômetros quadrados.

 

Com um recorde de participantes – 64 grupos ao todo ante 61 grupos que participaram da 10ª Rodada em 2007 –, o leilão de concessão pelo sistema de partilha de produção coloca em disputa 123 blocos em terra e 166 em mar, sendo 94 em águas rasas e 72 em águas profundas, localizados em onze bacias sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano Sul.

 

Só para se ter uma noção do sucesso do leilão, todos os 20 lotes de exploração de óleo e gás localizados na Bacia do Parnaíba – localizada entre Piauí, Maranhão e Tocantins -, que foram oferecidos na 11ª Rodada, iniciada nesta terça-feira foram arrematados. O bônus total oferecido pelas empresas chega a R$ 119,3 milhões. Estes lotes exigem investimento total mínimo de R$ 792,93 milhões.

 

A maior vencedora desse setor foi a Petra Energia, que conquistou nove lotes, com um bônus de assinatura total de R$ 63,08 milhões. Em segundo lugar, ficaram a OGX e o consórcio formado por Petrogal e Petrobras, com quatro lotes cada. A petrolífera de Eike Batista pagará o total de R$ 20 milhões em bônus, enquanto o consórcio de Petrogal e Petrobras vai desembolsar prêmio de R$ 20,09 milhões. Também conquistaram lotes a Ouro Petro (dois, com bônus total de R$ 14 milhões) e a Sabre, que levou um lote, com bônus de R$ 2,7 milhões.

 

Arrecadação maior

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Depois do sucesso do 1º dia, a previsão de
arrecadação com bônus de assinatura foi
elevada R$ 3 bilhões

Com o resultado das negociações dos blocos nas três primeiras bacias sedimentares ofertadas hoje, o secretário de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, afirmou que elevou a previsão de arrecadação com bônus de assinatura na 11ª Rodada. A previsão inicial, que era de R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões, passou para R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

Ele reafirmou que a área mais atrativa era a Bacia de Foz de Amazonas, cujos blocos foram ofertados na parte da manhã. A Bacia da Foz do Amazonas foi a que contribuiu com os maiores bônus de assinatura até o momento, em linha com as expectativas apontadas pela diretora da ANP. Os quatro setores leiloados na região obtiveram bônus de R$ 802,7 milhões. O bloco FZA-M-57 teve o maior bônus de um único bloco na história das rodadas, com R$ 345,9 milhões pagos pelo consórcio Total (40%), Petrobras (30%) e BP (30%).

Petrobras
O consórcio formado por Total, Petrobras e BP arrematou o maior número de blocos de exploração de petróleo e gás da área da Foz do Rio Amazonas que foram oferecidos em quatro setores na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que acontece nesta terça-feira. Operado pela francesa Total, com 40% de participação, o consórcio arrematou cinco áreas, pagando R$ 620 milhões de prêmio total. Petrobras e BP detêm 30% cada deste consórcio.

Outro grupo, formado por BP (70%) e Petrobras (30%), arrematou um bloco, com prêmio de R$ 44,5 milhões. Já o consórcio formado por Queiroz Galvão Engenharia e Petróleo (35%), Premier Oil (35%) e Pacific Brasil (30%) pagou R$ 54,1 milhões de prêmio para levar outro bloco. Finalizando o quarto setor, a OGX, de Eike Batista, levou um bloco, oferecendo bônus de R$ 30 milhões.

Das oito áreas oferecidas no quarto setor, uma não foi negociada. No total das arrematadas, o investimento mínimo previsto é de R$ 1,5 bilhão.

O quinto setor teve dois blocos arrematados, de 56 oferecidos. Um foi conquistado pela Brasoil, com prêmio de R$ 5,89 milhões, e outro ficou com a Ecopetrol, que ofereceu bônus de R$ 4 milhões. O investimento mínimo previsto para estes dois blocos é de R$ 14,3 milhões.

No sexto setor, a BHP Billiton arrematou um dos seis blocos oferecidos. Ela pagará R$ 20,1 milhões de prêmio e deverá investir pelo menos R$ 52,3 milhões.

A mesma empresa também arrematou uma área no sétimo setor, oferecendo bônus de R$ 10 milhões. Outros dois foram conquistados pela Brasoil Manati, que pagará prêmio total de R$ 12,5 milhões. Estes três blocos deverão receber investimento mínimo de R$ 57,7 milhões. Neste setor, 23 áreas não foram negociadas.

Com informações das agências onlines

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