Rio Grande do Sul

Após novas chuvas, Paim cobra agilidade na construção de diques no RS

Senador lamentou que, apesar de o governo Lula disponibilizar R$ 6,5 bilhões para ações no estado, obras nos municípios não tenham avançado

Alessandro Dantas

Após novas chuvas, Paim cobra agilidade na construção de diques no RS

Paim lamentou que, após um anos, chuvas voltem a causar estragos no Rio Grande do Sul

O senador Paulo Paim (PT-RS), em entrevista concedida à TV Senado, mostrou indignação com a atual situação enfrentada por diversos municípios do Rio Grande do Sul com a retomada das chuvas no estado. Após o impacto sofrido por diversos municípios no ano passado, as chuvas que caem desde o último dia 16/6 já afetou 127 municípios, segundo a Defesa Civil estadual.

Além disso, foram confirmados quatro óbitos e uma pessoa segue desaparecida. Outras 5.858 pessoas desalojadas e 1.071 em abrigos.

Paulo Paim presidiu a comissão temporária externa do Senado para acompanhar as ações de enfrentamento às enchentes no Rio Grande do Sul e destacou que o governo federal se comprometeu a criar um fundo de R$ 6,5 bilhões para, dentre outras coisas, a construção de diques para evitar a repetição da catástrofe ocorrida em 2024.

“Os diques serviriam como barreiras para que a água não invadisse as cidades. Mas, passou um ano, e alegando falta de documentos, de projetos claros, os diques não foram construídos e a chuva voltou. Infelizmente a chuva voltou com muita força, já são milhares de desabrigados novamente”, lamentou o senador.

O parlamentar ainda destacou que a população se manifestou contrariamente, nas últimas eleições municipais, à política adotada por vários prefeitos do interior do estado.  

“Calcule a tristeza. A agonia das famílias que reconstruíram casas, famílias que compraram móveis. E, agora, não dormem novamente, ficam receosos que a água venha a invadir novamente suas casas. Estou muito indignado”, enfatizou.

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Governo Lula reforça assistência para atender famílias

O governo federal tem intensificado as ações de assistência social no Rio Grande do Sul para apoiar as famílias afetadas pelas fortes chuvas que atingem o estado.

Por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a equipe da Força Nacional do Sistema Único de Assistência Social (ForSUAS) atua diretamente no estado, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), a Defesa Civil Nacional e a Defesa Civil do estado. O grupo oferece apoio técnico e suporte direto aos municípios.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou que o governo federal segue atuando de forma integrada para atender a população em diversas frentes. “Estamos trabalhando junto com a Defesa Civil Nacional e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, além das Forças Armadas. O presidente Lula determinou à sua equipe trabalharmos com todo apoio ao povo do Rio Grande do Sul”, afirmou.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) começou, no último sábado (21/6), a distribuição de cestas de alimentos às vítimas das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que acometem o estado desde a sexta-feira passada, dia 13 de junho. Na ocasião, o presidente da Companhia, Edegar Pretto, e o Superintendente Regional do RS, Glauto Lisboa, fizeram a entrega de 4 mil cestas de alimentos — o equivalente a 68 toneladas produzidas pela agricultura familiar — em três locais da Região Metropolitana de Porto Alegre.

A estatal instalou uma Sala de Situação para executar ações de ajuda à população atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul na manhã da sexta-feira (20/6). A iniciativa integra a estratégia do governo federal para amenizar os impactos das fortes chuvas que já atingiram 121 municípios gaúchos. As cestas estão na Unidade Armazenadora da Conab, em Canoas. Cada kit contém 17 quilos de alimentos, como arroz, feijão, macarrão, farinha de milho e melado.

De acordo com Pretto, o foco da mobilização emergencial é garantir a segurança alimentar das comunidades impactadas. Ele ressalta que a Conab está atenta à situação do Rio Grande do Sul, e que se preparou para esses momentos de calamidade, com capacidade de dar resposta rápida a esses eventos.

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