Apostando no Brasil

A maioria dos investidores pesquisados, que juntos controlam aproximadamente US$ 57,3 bilhões de recursos aplicados em companhias latino-americanas, vêm o Brasil como o país com os mais elevados padrões na relação com os investidores.

Apostando no Brasil

Enquanto os Estados Unidos e a Europa enfrentam uma realidade econômica sombria, a América Latina vibra num crescimento continuado e em previsões otimistas para os próximos anos.

O relatório “céu azul” mais recente veio do J.P. Morgan, na última terça-feira, resultado de uma pesquisa ouvindo 40 instituições com investimentos na América do Norte e na Europa, comprova o entusiasmo quanto às oportunidades de negócios na América Latina nos próximos três anos e revela aplausos aos avanços na relação dos países da região com os investidores.

A maioria dos investidores pesquisados, que juntos controlam aproximadamente US$ 57,3 bilhões de recursos aplicados em companhias latino-americanas, vêm o Brasil como o país com os mais elevados padrões na relação com os investidores.

Os pesquisados apontaram o Brasil e a Colômbia como os países mais promissores em oportunidades de investimento para os próximos três anos. A rápida expansão da classe media brasileira promete fomentar um expressivo crescimento. Na Colômbia, é a prioridade dada pelo governo colombiano aos negócios que atrai o investimento. A Argentina e a Venezuela foram citadas como os menos promissores, dada a percepção de “instabilidade” e “imprevisibilidade” de seus governos.

A economia da América Latina está ganhando considerável atenção como ponto de atração.

Um relatório do Banco Mundial publicado na semana passada atribui o crescimento da região a sua crescente ligação com a China. Há dez anos, a América Latina praticamente não tinha relação comercial com os chineses. Hoje, o gigante potência asiático é um dos maiores parceiros comerciais de algumas das potências latino-americanas, incluindo o Brasil e o Chile.

Mas a lua de mel comercial entre a China e a América Latina pode estar chegando ao fim. Francisco J. Sánchez, sub-secretário de Comércio dos Estados Unidos, em visita ao México,  avaliou que o custo do transporte, os longos prazos de entrega e as altas tarifas de importação estão revertendo a tendência. “Cada vez mais, vemos os negócios retornarem a este lado do mundo”. Os investidores tomaram nota.

Por Karla Zabludovsky – The New York Times

Tradução Cyntia Campos

Veja a matéria original no site do The New York Times

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