AM: Assembleia lotada contra a terceirização em audiência promovida por Paim

AM: Assembleia lotada contra a terceirização em audiência promovida por Paim

Para o senador Paim, mobilização é é fundamental para barrar onda conservadoraUma audiência pública convocada pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado para discutir o projeto de terceirização nas relações de trabalho lotou a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, na última quarta-feira (29). Muitos trabalhadores, parlamentares e até empresários contrários à proposta compareceram ao evento, que além de debate, ganhou contornos de ato público. 

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da CDH do Senado e proponente da audiência, a mobilização contra a onda conservadora que se abate sobre as classes trabalhadoras é de suma importância. “Essa mobilização é fundamental para não permitir que essas coisas aconteçam nessa onda conservadora. Temos que ter um Estado vigilante para que de repente não apareça nenhum oportunista para querer ferir nossa democracia tão jovem. Não nos negamos a discutir nada, desde que seja sempre na linha de sempre defender os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade, no serviço público e na área privada, e é nessa visão aqui que faremos o bom debate, viva o Povo do Amazonas”, afirmou o senador. 

Para o representante do Fórum em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, Maximiliano Garcez, a precarização do trabalho como propõe o PLC 30 deve ser rejeitada. “É colocar o trabalhador na terceira divisão. É tratar as classes trabalhadoras como descartáveis, é um verdadeiro aluguel de pessoas”, denunciou Garcez. 

O deputado estadual José Ricardo (PT-AM), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia reiterou sua posição contrária a essa forma de exclusão. “Não vamos aceitar retrocessos”. 

A senadora Vanessa Grazziontin (PCdoB-AM) também confirmou seu voto contrário, na expectativa de saber do voto dos demais senadores de quem se espera que defendam os trabalhadores. Ela leu a Carta do Amazonas, aprovada durante o evento por todos os presentes. “Desta forma, as amazonenses e os amazonenses aqui reunidos externam seu mais absoluto repúdio ao texto aprovado (PLC 4330), esperando que o Senado seja capaz d refletir seriamente sobre o tema, barrando a aprovação deste grande ataque à classe trabalhadora e à sociedade brasileira”. 

 

Terceirização: praga do trabalho escravo 

A presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Rosa Maria Jorge, afirmou que se a tríade, da Justiça do Trabalho, Auditores Fiscais do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, algo muito ruim deve conter o PLC 30. “A terceirização praticada hoje nas empresas é horrível, deve ser extinta. Números de acidentes incrível, acidentes com morte no trabalho são maiores aqui também no Amazonas. A praga do trabalho escravo hoje no Brasil está diretamente ligada à terceirização”, denunciou a auditora. 

 

Centrais sindicais 

O vice-presidente da Força Sindical no estado do Amazonas, Washington Luiz, participou para informar que muitos companheiros da Força deixaram a central após a decisão precipitada de apoio à terceirização, e declarou que a Força redefiniu posição. “Estamos contra esse verdadeiro golpe contra os trabalhadores. E eu e meu grupo dentro da Força também somos contra a tentativa de derrubada da presidenta Dilma”, afirmou o sindicalista.

Para Cícero Custódio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Amazonas, mais conhecido como Sasá, a luta contra esse projeto é consequência do voto financiado por empresas privadas, como observado pelos oito votos dos deputados do seu estado. “Mas aos trabalhadores cabe não votar com esses mesmos empresários. 

Trabalhador tem que votar com trabalhador”, defendeu o dirigente sobre a consciência de classe.

Mensagem da juventude aos senadores  

O jovem Marcelo Leitão, da Unidade Classista, os parlamentares parecem ter esquecido das manifestações que tomaram as ruas do país em junho de 2013. “Parece que junho de 2013 foi ontem. Trabalhadores desempregados foram para a porta do Congresso e vocês nos vem com uma proposta como essas, que piora nossa condição de vida? Se os ricos tem os meios, nós temos as ruas. Vamos resistir a tudo que for necessário para resistir nossos direitos”, disse o jovem.

 

Assessoria do senador Paulo Paim

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