Os arroubos autoritários e o desprezo de Jair Bolsonaro pelos impactos provocados pela Covid-19 deixaram o Brasil fora da coalizão liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que contará com 50 países e entidades internacionais na busca de soluções e estratégias para a retomada sustentável do mundo após a pandemia.
“Depois de ficarmos de fora da aliança global por uma vacina contra o Coronavírus, agora o Brasil fica fora da coalizão mundial para planejar reconstrução da economia. Bolsonaro não tem compromisso com a vida, nem com os empregos”, criticou o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.
Na semana passada, Bolsonaro não participou da Assembleia Mundial da Saúde, espaço ocupado pela Colômbia e Paraguai. Procurado pela reportagem do UOL, o Itamaraty não explicou se Bolsonaro foi ou não convidado.
A lista de países que farão parte da coalizão conta com Argentina, Haiti, Costa Rica, Colômbia, além da União Europeia, França, Alemanha, Japão e Reino Unido.
“A ONU lidera 50 países para debater justiça social e clima na pós-pandemia. O Brasil ficou fora. Perdemos o respeito internacional. Descaso com a saúde, emprego, crise política, um labirinto de disputas ideológicas e palacianas. Temos 50 milhões de pobres e 13,8 milhões vivendo na extrema pobreza”, aponta o senador Paulo Paim (PT-RS).
Já o senador Humberto Costa (PT-PE) lamentou a ausência do Brasil na coalizão global e apontou um futuro desolador para os brasileiros com a retomada econômica sendo conduzida pelo ministro reformista, Paulo Guedes.
“O Brasil não faz parte da lista de mais de 50 países que se reunirão nesta quinta para traçar uma estratégia de recuperação sustentável no mundo pós-pandemia. Nossa estratégia passará pelas mãos nefastas de Guedes e Bolsonaro, mais sofrimento garantido”, destacou.
Com informações do UOL