Meio Ambiente

Avança criação de linha de crédito para recuperação de áreas degradadas

Para o senador Beto Faro, relator da proposta, é essencial o financiamento que permita a recuperação da produtividade de áreas degradadas

Alessandro Dantas

Avança criação de linha de crédito para recuperação de áreas degradadas

Projeto relatado pelo senador Beto Faro segue para análise da Comissão de Assuntos Econômicos

A possibilidade de inclusão de assistência material e de abertura de linha de crédito ao agricultor familiar para recuperação de solos e pastagens foi aprovada nesta quarta-feira (9/8) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado.

Para isso, o projeto altera a Lei 11326/ 2006, que trata das diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.

De acordo com o senador Beto Faro (PT-PA), relator do PL 1103/2022, a degradação de solos e pastagens é fenômeno relativamente comum em ecossistemas tropicais e subtropicais, causando grandes prejuízos ambientais e econômicos.

“É essencial formular, além de estratégias, o financiamento para que seja feita a recuperação da produtividade de áreas degradadas”, destaca o senador.

Atualmente, detalha Beto Faro, há o crédito de investimento Pronaf Mulher, que estabelece taxa efetiva de juros pré-fixada de até 5% para formação e recuperação de pastagens, capineiras e demais espécies forrageiras, produção e conservação de forragem, silagem e feno destinados à alimentação animal.

Conforme informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com base em dados do MapBiomas, “no Brasil, a área de pastagem total é de 159 milhões de hectares, dos quais 66 milhões estão em estado de degradação intermediárias e 35 milhões em situação de degradação severa. Ou seja, do total da área de pastagem do país, 63,5% estão com sinais de degradação”.

“Estudo do Centro de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas mostrou, em 2022, que o custo de recuperação das pastagens degradadas no Brasil demanda um total de R$ 383,77 bilhões”, alertou o senador Beto Faro, na defesa da proposta.

Além disso, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destacou, em dezembro de 2021, que cerca de 33% do solo em nível global está moderado ou altamente degradado.

O texto ainda vai à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde será analisada em decisão terminativa.

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