assuntos econômicos

Avança descentralização de imposto sobre jogos eletrônicos

Proposta prevê a cobrança do ISS sobre a exploração de jogos eletrônicos, inclusive os oferecidos por meio da internet. Proposta descentraliza cobrança do imposto prevendo pagamento no município de residência do jogador
Avança descentralização de imposto sobre jogos eletrônicos

Foto: Alessandro Dantas

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (15), relatório do senador Jaques Wagner (PT-BA) sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP 202/2019) para incidir o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre a organização, administração ou exploração de jogos eletrônicos em qualquer modalidade, ainda que por meio da internet.

De acordo com o senador, a crescente utilização de plataformas virtuais acessadas pela internet para a prática de jogos eletrônicos evidencia a necessidade de atualização da legislação do ISS, principalmente no que tange ao local onde este é devido e às exigências de cumprimento das obrigações acessórias por contribuintes (prestadores de serviço) que atuam em escala nacional.

A proposta acrescenta exceção à regra geral de determinação do local de ocorrência do fato gerador do ISS. Segundo a norma geral, o município legitimado à cobrança do tributo é aquele em que se situa o estabelecimento prestador do serviço.

A exceção a ser criada prevê que, no caso dos serviços de competições esportivas, ou de destreza física ou intelectual, organização, administração ou exploração de jogos eletrônicos, com ou sem a participação do espectador, em qualquer modalidade, ainda que por meio da internet, o imposto será devido no domicílio do tomador dos serviços, caso o serviço seja prestado ou o evento realizado de modo não presencial.

“O cidadão que paga o imposto não mora, necessariamente, onde está a sede da plataforma. Portanto, a proposta prevê que a pagamento seja feito à Prefeitura do local onde os participantes do jogo habitam, assim, não concentrando a renda num único município”, explicou o senador.

Jaques Wagner ainda explicou durante a leitura do relatório que a medida precisará de ser regulamentada por lei ordinária que obrigue o administrador da plataforma eletrônica a identificar o participante das competições e unifique as obrigações acessórias a serem cumpridas pelo administrador da plataforma eletrônica em âmbito nacional.

A proposta segue para análise do plenário.

To top