Suspensão ilegal

Avançam ações do PT no Senado contra interferência no BB

CVM abriu inquérito para investigar a suspensão do comercial e possível prejuízo de R$ 17 milhões
Avançam ações do PT no Senado contra interferência no BB

Foto: Reprodução

As duas ações da bancada do PT no Senado em decorrência da interferência indevida no Banco do Brasil protagonizada por Jair Bolsonaro começam a dar resultado. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu, na última sexta-feira (10), inquérito administrativo para investigar a suspensão do comercial do banco que foi tirado do ar a pedido de Bolsonaro.

O órgão vai apurar se os sócios minoritários tiveram prejuízo com a derrubada da propaganda, avaliada em R$ 17 milhões.

O PT no Senado, no último dia 30, também acionou o Tribunal de Contas da União (TCU). Ainda segundo a Folha de S. Paulo, o TCU pedirá explicações ao BB, mas tende a abrir uma auditoria para apurar a interferência no órgão, avaliando o cumprimento do contrato e seu cronograma.

Bolsonaro suspendeu, no final de abril, a veiculação de uma propaganda de caráter mercadológico do Banco do Brasil que exaltava jovens e minorias. Além disso, o responsável pela peça, Delano Valentim, perdeu o cargo de diretor de Comunicação e Marketing do BB.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou, na oportunidade, que existe no comportamento inconsequente de Bolsonaro ações vedadas pela Lei das Sociedades por Ações e pela Lei das Estatais. Além disso, segundo Humberto, a intromissão da União na gestão dessas sociedades e empresas é uma flagrante violação da moralidade administrativa prevista na Constituição.

“Essa estabanada interferência sobre as peças publicitárias é ilegal e traz danos ao erário, como o comercial do Banco do Brasil retirado de circulação por puro preconceito. Quem pagará pelos custos do que foi censurado e da nova peça que será produzida? ”, questionou o senador.

 

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