Defesa dos Bancos Públicos

Banco do Brasil faz aniversário sob ameaças de privatização

“A defesa do Banco do Brasil, que acaba de completar 212 anos, é fundamental. Desde sua fundação já tinham a noção da importância de se ter um banco público. Mas os fanáticos do neoliberalismo continuam insistindo com a tese de que tem que acabar com tudo que é público”, alerta o senador Jaques Wagner
Banco do Brasil faz aniversário sob ameaças de privatização

Agência Brasil

Em lançamento da campanha contra a privatização do Banco do Brasil nesta terça-feira (13), o senador Jaques Wagner (PT-BA) participou de transmissão pela internet com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, e debateram a importância dos bancos públicos – em especial o Banco do Brasil – no projeto de desenvolvimento do País.

Ao longo da conversa, foram destaques o aniversário de 212 anos do Banco, sua contribuição no desenvolvimento do Brasil e sua possível privatização pelo “fanatismo econômico” da equipe de Paulo Guedes, ministro da Economia, que insiste em privatizar instituições seculares e patrimônios públicos brasileiros.

“O BB é uma produção de brasileiros, é uma construção que sempre se renovou, com tecnologia de ponta, sem dever a bancos privados e com agências espalhadas pelo mundo”, afirma Wagner.

De fato, o Banco do Brasil, fundado em 12 de outubro de 1808, foi a primeira instituição bancária a operar no país, e acumulou experiências e promoveu inovações, participando da história e da cultura nacional.

Com agências próprias em 23 países, o BB é o banco brasileiro com a maior rede de atendimento no exterior. Em parceria com outros bancos, sua rede de atendimento alcança 140 países.

Para o senador Jaques Wagner, “a defesa do Banco do Brasil é fundamental. Desde sua fundação já tinham a noção da importância de se ter um banco público. Mas os fanáticos do neoliberalismo continuam insistindo com a tese de que tem que acabar com tudo que é público”.

Ao longo do debate, foi lembrado o papel vital das instituições financeiras controladas pelo Estado e, portanto, públicas, que transformam o Brasil e a vida da população por meio da execução de políticas econômicas e sociais, promovendo, por exemplo, a inclusão bancária.

Os bancos públicos são responsáveis pelo pagamento de benefícios sociais, pela geração de renda por meio de linhas de crédito, pelo financiamento de habitação popular, da educação superior, pelo pagamento de direitos trabalhistas, pelo financiamento de obras de infraestrutura, entre outras atribuições.

“Não tenho dúvida sobre a importância dos bancos públicos para alavancar, por exemplo, a Agricultura Familiar. A Bahia é o estado com o maior número de famílias que vivem da agricultura familiar, com financiamento do PRONAF, onde a presença do banco público é essencial”, testemunhou o senador baiano.

E acrescentou: “Uma das coisas que mais escutamos como políticos é o pedido de uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil nos municípios menores. Isso, para as pessoas, além de facilitar a vida, é um sinal de desenvolvimento”.

 

 

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