Desastre econômico

Bolsonaro e Guedes colocam economia do Brasil em recessão técnica

O PIB apresenta segunda queda consecutiva no terceiro trimestre de 2021 e o Brasil entra em recessão técnica
Bolsonaro e Guedes colocam economia do Brasil em recessão técnica

Foto: Agência PT

A política econômica atabalhoada adotada pela dupla Jair Bolsonaro e Paulo Guedes aliada ao negacionismo da pandemia que agravou ainda mais a crise sanitária no Brasil tem demonstrado, na prática, seus efeitos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,1% no terceiro trimestre de 2021, após cair 0,4% nos três meses anteriores, segundo dados revisados.

Com o crescimento da economia negativo nos últimos dois trimestres, o País ficou na retaguarda entre países com desempenho já divulgado e entra em recessão técnica. A recessão técnica é caracteriza por dois trimestres seguidos de retração.

“Já fomos uma máquina mundial com Lula. Hoje, o país anda para trás. Bolsonaro faz o governo de ré”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE).

O líder da Minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), aponta que o anúncio da entrada do Brasil em recessão técnica é apenas o resultado da tragédia da política econômica do governo Bolsonaro que pesa, sobretudo, sobre os trabalhadores e cidadãos mais carentes.

“Com o segundo trimestre de queda do PIB e o anúncio de que o país se encontra em recessão técnica fica patente a incompetência dessa equipe econômica. Inflação em disparada, queda da atividade econômica e desemprego prejudicam principalmente os trabalhadores”, disse o senador.

Na avaliação do líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), os números deixam claro que a política adotada pelo atual governo, além de prejudicar os mais pobres, tem afundado cada vez mais o Brasil numa crise econômica sem precedentes.

“Enquanto o mundo começa a sair da recessão econômica causada pela pandemia, o Brasil continua patinando. O grande crescimento prometido por Paulo Guedes não veio, assim como não vieram os grandes investimentos após as privatizações e os empregos não surgiram após a reforma da Previdência. O governo Bolsonaro vive de mentiras”, destacou.

Apesar da alta de 1,1% nos serviços, que respondem por mais de 70% do PIB nacional, a queda no 3º trimestre foi pressionada para baixo por conta da queda de 8% na agropecuária e pela queda de 9,8% nas exportações de bens e serviços.

Já a indústria, que responde por cerca de 20% do PIB, ficou estagnada, afetada pelo encarecimento dos insumos e outros problemas na cadeia produtiva, além da crise energética.

Segundo o IBGE, o forte recuo na agropecuária foi consequência do encerramento da safra de soja, que também acabou impactando as exportações. Foi o pior tombo trimestral do setor desde o 1º trimestre de 2012 (-19,6%).

Expectativa ruim para 2022
Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de cinco grandes consultorias e bancos compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo mostram que o Brasil deve ter o pior desempenho econômico entre 12 países em desenvolvimento analisados.

As expectativas de cinco casas para a economia brasileira – Bradesco, Goldman Sachs, Capital Economics, Fitch Ratings e Nomura – variam de 0,8% a 1,9%. Já o FMI vê avanço de 1,5%, contra média de 5,1% do mundo emergente.

Alguns analistas preveem um cenário ainda pior para a economia brasileira para 2022. Economistas do Banco Central apontaram no último relatório Focus, que a expectativa de crescimento da economia, hoje, está em 0,93% para o Produto Interno Bruto (PIB). O Itaú, por exemplo, estima até retração de 0,5% no ano que vem.

Com informações de agências de notícias

 

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