Os senadores do PT avaliaram positivamente a passagem do ex-presidente Lula no debate realizado pela Rede Globo, na quinta-feira (29), último encontro entre os candidatos à Presidência da República nas eleições que serão realizadas neste final de semana.
O ex-presidente teve a oportunidade de desconstruir diversas mentiras proferidas por Jair Bolsonaro durante o encontro, além de rebater ataques rasteiros típicos do atual residente do Palácio do Planalto. Tanto que Lula recebeu diversos direitos de resposta para rebater as falácias bolsonaristas.
Numa das oportunidades, Bolsonaro mentiu para a população ao afirmar que era o responsável pelo valor de R$ 600 do Auxílio Brasil. Mas, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA) utilizou as redes sociais para desmentir Bolsonaro.
Em outubro de 2020, Bolsonaro afirmou que o valor seria “muito para o Brasil” pagar como auxílio aos mais carentes. Ficou explícita a mudança de postura para tentar reverter a rejeição que o atual presidente tem junto às famílias mais pobres do Brasil e o caráter eleitoreiro do aumento do benefício que vai até dezembro deste ano.
“Ele [Lula] não vai só cuidar do povo, mas livrá-lo do pior presidente da história do país”, disse Paulo Rocha.
O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) enfatizou que o debate deixou claro que o ex-presidente Lula é a pessoa mais preparada para governar o Brasil e capaz de deixar para trás um governo que apenas foca em propagar o ódio e a violência.
“O Brasil não aguenta tanto ataque, tanto ódio e tanta mentira. O povo quer comida no prato e uma vida digna”, destacou.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) chamou a atenção para uma frase dita por Lula. “As pessoas puderam comprar TV, geladeira. O povo podia comer carne. Muita gente reclamava que o aeroporto estava virando rodoviária. Esse é o Brasil que eu deixei quando saí do governo. Um Brasil que era motivo de orgulho no mundo”.
“É isso que queremos de novo. Chega de ódio”, enfatizou Rogério.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria, chamou a atenção para o fato de Jair Bolsonaro ter usado o padre Kelmon como escada para tentar ofender seus adversários e propagar mentiras para tentar ludibriar o público. Mas, para ele, a estratégia estapafúrdia não funcionou.
“Padre Escada perguntando para Bolsonaro e ele aproveita para assacar inverdades sobre Lula. Resultado: Lula jantou os dois no direito de resposta concedido: ‘a quadrilha da vacina’; ‘não minta’, ‘se comporte como presidente’… Bolsonaro enfurecido replica mentindo mais”, apontou o senador.
Já o senador Fabiano Contarato (PT-ES), vice-presidente da CDH, classificou o debate como um importante espaço para reforçar os valores da democracia brasileira. “Dia de grande valor para nossa democracia e para valorizar o poder do nosso voto. Nosso presente e nossos futuro estão em jogo”, salientou.