Veto da ONU

ONU exclui Brasil da lista dos palestrantes da Cúpula do Clima

Hoje, também o Parlamento da Áustria decidiu vetar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul

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ONU exclui Brasil da lista dos palestrantes da Cúpula do Clima

Foto: Divulgação

O Brasil foi excluído da lista de países que vão discursar na Cúpula do Clima das Nações Unidas, marcada para a próxima segunda-feira (23) em Nova York. Segundo o enviado especial da ONU para a conferência, Luis Alfonso de Alba, o País “não apresentou nenhum plano para aumentar o compromisso com o clima”.

A Cúpula do Clima reunirá governos, sociedade civil, estudiosos e representantes do setor privado para debater soluções para a aceleração das mudanças climáticas que “vem afetando economias nacionais”, explica o site das Nações Unidas.

A exclusão do Brasil do grupo de países que vão se manifestar na Cúpula do Clima aponta o contraste entre a atual imagem do País na área de meio ambiente — especialmente após a escalada de incêndios na Amazônia — e a condição de referência mundial conquistada durante negociações estratégicas durante os governos petistas.

Ideologia
“Estão queimando a Amazônia para entregar aos imperialistas, enquanto briga com os países parceiros que querem nos ajudar a desenvolver a Floresta de uma forma sustentável. É uma forma de ideologia”, alertou o senador Paulo Rocha (PT-PA), que na tarde desta quarta-feira participou de um debate na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas do Congresso nacional.

Rocha considera o atual tratamento dispensado pelo governo à Amazônia como “crime de lesa-pátria” e lembrou que a Floresta precisa ser vista “como uma solução para nosso País” e um recurso fundamental ao desenvolvimento nacional, se for explorada de forma sustentável.

Mais prejuízos
Ficar fora da lista dos palestrantes da Cúpula do Clima não foi o único prejuízo internacional colhido pelo governo Bolsonaro nesta quarta-feira: o Parlamento da Áustria decidiu vetar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

“A moção aprovada pelo Legislativo austríaco foi apoiada por todas as bancadas com representação no Parlamento — social-democratas, democratas-cristãos, ultranacionalistas e esquerda — com exceção dos liberais, que, mesmo assim, exigem modificações no acordo”, informa o jornal espanhol El Diário.

Vitória dos Direitos Humanos
Essa decisão coloca em xeque o acordo Mercosul-União Europeia, que precisa ser ratificado por todos os Estados envolvidos para entrar em vigor.

Para a Bancada do Partido Social-Democrata da Áustria (SPÖ), o resultado da votação foi “uma grande vitória para os consumidores, o meio-ambiente, a proteção dos animais e dos Direitos Humanos”.

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