Chacina em Campinas é resultado da cultura do ódio

Chacina em Campinas é resultado da cultura do ódio

Fernando Rosa
02 de janeiro de 2017 | 17h58

“A polarização contra o Estado Social no Brasil leva a essa visão que coloca por terra a sociedade socialmente justa e promove a disputa exacerbada entre as pessoas”, alertou o senador Paulo Rocha (PT-PA). Criticando “a cultura do golpe e do ódio” como estímulo, o senador petista alerta que esse tipo de crime é resultado da conspiração contra a democracia, que afastou do poder quem estava buscando a redução das desigualdades e das injustiças. Com o golpe e com a derrocada da democracia, prevalece o egoísmo, o individualismo”. conclui o senador paraense.

“O pensamento de extrema direita brasileira moderno produziu sua primeira chacina”, definiu o jornalista Kiko Nogueira em artigo no blog Diário do Centro do Mundo. “É certo que a inclinação política de Sidnei não explica, sozinha, a tragédia. Mas é absurdo desconsiderar seu consumo desse lixo e como isso o ajudou a articular o crime”. “A carta do técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, que matou doze pessoas num réveillon em Campinas, é um catálogo de boçalidades bolsonarianas típicas”, diz Nogueira. Na carta, o assassino atacou as mulheres, a Lei Maria da Penha e a política de Direitos Humanos.

A Bancada do PT na Câmara dos Deputados também repudiou os crimes de Campinas e São Paulo (o crime cometido no metrô) baseados em preconceito e discurso de ódio. Em nota, o líder do PT Carlos Zarattini lembrou que “os representantes desse tipo de pensamento também são responsáveis pelos atos violentos que diariamente ceifam vidas e causam traumas a milhares de pessoas”. “Esperamos que tragédias como estas não voltem a ocorrer no Brasil e que, ademais, a cultura de intolerância e violência a elas vinculada deixe de ser alimentada”.

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