Acabar com a fome e promover o aumento real do salário mínimo para recompor a renda dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil é prioridade para Lula. O novo presidente do Brasil assume seu mandato com a missão de reconstruir o país e recolocar os pobres no orçamento.
Para isso, será fundamental romper o ciclo de aumento da informalidade trabalhista, aumento da fome e da miséria, aumento do endividamento familiar e o rompimento da política de reajuste do salário mínimo iniciada por Michel Temer e aprofundada pelo último governo.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o custo de vida do brasileiro subiu 72% em dois anos. Pobres e vulneráveis, evidentemente, são os mais prejudicados. Daí a importância da retomada da política nacional de valorização do salário mínimo.
O modelo adotado pelo novo governo é o de recomposição da inflação acrescido da média do crescimento do PIB dos últimos cinco anos. Com a aprovação da PEC do Bolsa Família, de acordo com o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), o salário mínimo para 2023 chegará aos R$ 1.320, um reajuste de R$ 108 quando comparado ao piso deste ano.
“Levantamento da LCA Consultoria mostra que sete em cada dez trabalhadores ganham até dois salários mínimos. São cerca de 65 milhões de trabalhadores. Há quatro anos o salário mínimo estava sem aumento real. Isso mostra como era necessária a volta da política nacional de valorização do salário mínimo, inflação mais PIB”, disse o senador Paulo Paim (PT-RS).
Para se ter uma noção da importância da política de valorização criada e mantida durante os governos Lula e Dilma, sem ela, o salário mínimo estaria, em 2022, em R$ 699. Praticamente a metade do valor de R$ 1.212 vigente no ano passado.