Os consumidores da classe D e E no Brasil, domicílios com renda de até R$ 3,2 mil mensais, voltaram a comprar itens considerados supérfluos, como pacotes de salgadinho, doces, chocolates, iogurtes e bebidas.
De acordo com a pesquisa da Kantar/Worldpanel Division, os brasileiros, em geral, compram cerca de 7,8% mais itens a cada ida ao supermercado nos 12 meses terminados em março, em comparação com o mesmo período anterior.
Esse movimento é impulsionado por um cenário econômico favorável: inflação reduzida, desemprego no menor patamar em dez anos (7,9% em março) e ganho de renda da população, devido a ajustes no salário mínimo e em benefícios assistenciais.
Ainda segundo a pesquisa, três categorias se destacam: mercearia doce (9,3%), bebidas (9,4%) e bazar e medicamentos de venda livre (9,9%).
“Isso mostra que as pessoas voltaram a ser inseridas no mercado de consumo, estão retomando seus direitos, a oportunidade de poder comer bem e se dar a chance de introduzir na alimentação alguns produtos que estavam fora do seu alcance. É o fim da fila para disputar osso e carcaça”, avaliou o senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.
Consumo de carne também cresceu
Outro fator apontado pela pesquisa é o aumento do consumo de refeições fora de casa, impulsionado pelo maior número de pessoas inseridas no mercado de trabalho. Como resultado, as compras de alimentos se tornam menos frequentes, porém em volumes maiores, privilegiando itens que oferecem praticidade, sabor e prazer.
O consumo de carne bovina dentro dos lares brasileiros cresceu 4,2% no semestre até março, em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando também a classe DE.
“A mudança, para melhor, dos hábitos de famílias brasileiras de classe média deve ser celebrada por todos nós. Isso é resultado de muito trabalho e da persistência de uma política econômica com foco no bem-estar da população. Depois de garantir a rede de proteção que combate à pobreza extrema, o governo federal tem atuado para que as famílias que ganham um pouco mais possam viver melhor. Isso tudo graças ao controle da inflação, à criação de emprego e ao aumento da renda”, afirmou o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Na classe DE, o consumo de iogurtes em embalagens individuais, como o “grego” e os proteicos, está em alta, indicando uma preferência por produtos de maior valor agregado. No primeiro trimestre deste ano, 230 mil lares passaram a consumir iogurte “grego” em comparação com o mesmo período de 2023, sendo que o litro desse produto é 15% mais caro que o tradicional de bandeja.
“O pessimismo de alguns com a economia do Brasil não se sustenta. A pesquisa traz indicativos importantes do aumento da renda e de uma inflação menor. Mostra avanços que trazem mais dignidade para aqueles que mais precisam. Como diz o presidente Lula é ‘trabalhar e confiar’. O Brasil está avançando, e vai avançar ainda mais”, destacou a senadora Teresa Leitão (PT-PE).
Com informações de agências de notícias