estelionato eleitoral

Dados comprovam uso indevido do Bolsa Família pelo ex-presidente

Números divulgados pelo UOL mostram que 99% dos empréstimos do Bolsa Família, em 2022, foram feitos no período eleitoral. “Bolsonaro promoveu um grande estelionato eleitoral”, apontou Humberto Costa
Dados comprovam uso indevido do Bolsa Família pelo ex-presidente

Foto: Alan Santos/PR

A cada dia que passa e nos distanciamos do pesadelo vivido pelo Brasil durante o governo Bolsonaro, mais dados surgem das mazelas patrocinadas pelo ex-presidente. Desta vez, surgem informações do uso eleitoreiro dos programas assistências com vistas à reeleição.

Informações reveladas inicialmente pelo UOL mostram que a Caixa Econômica Federal disponibilizou 99% de toda a carteira de crédito consignado do Auxílio Brasil de 2022 (atual Bolsa Família) apenas no período correspondente às eleições do ano passado.

A Caixa concedeu R$ 7,5 bilhões para 2,9 milhões de beneficiários até o segundo turno das eleições, e apenas R$ 67 milhões para 53 mil pessoas entre o fim das eleições e o final do ano.

A Caixa ofereceu uma média de R$ 447 milhões por dia útil em consignado, entre o início do empréstimo e o fim do período eleitoral.

“O ex-presidente Bolsonaro promoveu um grande estelionato eleitoral e deixou um legado de fome, miséria e dívidas insustentáveis para os mais pobres”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE).

O empréstimo consignado através do Auxílio Brasil foi aprovado por meio de Medida Provisória assinada por Bolsonaro e teve início no dia 10 de outubro do ano passado.

Com uma quantia máxima de R$ 160 de empréstimo (ou 40% dos R$ 400 que estavam previstos para o benefício em 2023). Os dados reforçam as suspeitas de uso eleitoral da Caixa para favorecer Bolsonaro.

Em relação ao pagamento ordinário do Auxílio Brasil, independentemente do empréstimo consignado, o ex-presidente antecipou parcela do benefício um dia após o primeiro turno das eleições.

Os senadores do PT alertaram, na época, para o risco de superendividamento das famílias carentes que necessitam dos recursos do programa assistencial para sobreviver com o mínimo de dignidade.

Nesta semana, o governo Lula anunciou mudanças no modelo de concessão do empréstimo. Na prática, uma nova medida reduziu juros, cortou número de parcelas permitidas e abaixou o limite de desconto de consignado. A iniciativa, disse o governo, visa reduzir o endividamento das famílias mais pobres.

Com informações de agências de notícias

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