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Dados mostram como brasileiros sustentavam gastança

Novas notas fiscais reveladas mostram como Bolsonaro gastou o dinheiro da população sem nenhum critério. “Na rua, ele comia pastel e churrasquinho se lambuzando de farinha; em casa, caviar, picanha e camarão”, criticou o senador Paulo Rocha
Dados mostram como brasileiros sustentavam gastança

Foto: Reprodução

Notas fiscais divulgadas nesta segunda-feira (23) pela agência Fiquem Sabendo mostram como o ex-presidente gastava sem nenhum critério o dinheiro público por meio do cartão corporativo. A exemplo da divulgação dos gastos promovidos por Bolsonaro realizada na última semana, os dados tornados públicos agora dão conta da desfaçatez do governo anterior.

Chamam atenção valores expressivos gastos com picanha, filé, camarão, nutella e Rivotril. A farra com cartão vai de forma de brigadeiro, leite condensado, bombom Sonho de Valsa a salgadinho Fandangos, Doritos e materiais para festas infantis. Compras pessoais com cartão corporativo não são ilegais, porém, o recurso é disponibilizado para ações fundamentais ao governo.

Entre janeiro de 2019 e dezembro do ano passado, Bolsonaro torrou R$27.621.657,23 no cartão corporativo. O valor corrigido pela inflação, faz o total chegar a R$ 32.659.369,02. Os números foram disponibilizados pela Secretaria Geral da Presidência da República por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

“Quer dizer que Bolsonaro usou os cartões corporativos da Presidência para sacar milhares de reais em dinheiro vivo, na agência do Banco do Brasil no Planalto. Há retiradas sequenciais de R$ 1 mil e de valores de até R$ 22 mil.  Além de fazer compras de Nutella, salgadinho Fandangos, panetone e até Rivotril em farmácia. Os brasileiros literalmente sustentavam a mamata dessa organização criminosa”, criticou o senador Paulo Rocha (PT-PA). “Com o Cartão corporativo da Presidência, Bolsonaro fazia uma tremenda rapinagem no dinheiro do povo. Na rua, ele comia pastel e churrasquinho se lambuzando de farinha; em casa, caviar, picanha e camarão”, emendou.

Os dados contrariam a imagem de um homem simples que o ex-presidente usou para enganar os cidadãos nos últimos anos. Além disso, Bolsonaro muitas vezes alegou que não utilizava o cartão corporativo.

De acordo com as notas fiscais reveladas pela agência Fiquem Sabendo e antecipadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, no dia 7 de junho de 2019, por exemplo, Bolsonaro comprou 6,3 kg de picanha Maturatta, 15 kg de filé mignon sem cordão e peças de costela defumada.

Em abril de 2019, Bolsonaro também usou o cartão para comprar 4,2 kg de camarão rosa, 7,2 kg de bacalhau e 10,8 kg de filé de robalo.

Em um ano, o presidente realizou, no mínimo, 14 compras de picanha, 47 de filé mignon e 15 de bacalhau.

De acordo a análise dos dados, essas despesas eram frequentes e às vezes aconteciam mais do que uma vez na semana.

Com base na análise das notas fiscais, foi constatado que o ex-presidente realizou 1.200 compras no ‘La Palma’, mercado gourmet de Brasília com produtos para alta gastronomia, ao longo de todo o mandato.

De acordo com a agência, as notas fiscais só existem em cópias físicas e até o momento a Fiquem Sabendo escaneou cerca de 20% (aproximadamente 2,6 mil páginas) do material do governo federal.

Com informações de agências de notícias

 

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