Caso Ford

Demissões em massa são reflexos da reforma trabalhista, diz Paim

Fechamento de unidade da Ford em São Bernardo do Campo vai impactar mais de 20 mil famílias de forma indireta
Demissões em massa são reflexos da reforma trabalhista, diz Paim

Foto: Alessandro Dantas

O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou nesta sexta-feira (22) a decisão da montadora Ford encerrar as atividades na unidade localizada em São Bernardo do Campo (SP). De acordo com a empresa, até novembro as atividades devem ser encerradas.

De acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de 2017 para cá, cerca de mil trabalhadores saíram da empresa por meio de Programa de Demissão Voluntária. Com a decisão pelo fechamento da fábrica em São Paulo, cerca de 3 mil famílias serão afetadas diretamente e mais de 20 mil de forma indireta.

“É assustador o que vem acontecendo com as demissões em massa no País ou ameaças nesse sentido para que [os empresários] possam operar baseados na reforma trabalhista. Disseram que a reforma trabalhista resolveria tudo em questão de emprego. Está acontecendo exatamente o contrário”, criticou o senador, lembrando das promessas feitas por Michel Temer e sua base aliada na defesa do projeto que viria a ser a nova lei trabalhista.

O senador também criticou a decisão de Jair Bolsonaro que, na reforma ministerial, acabou com as estruturas dos ministérios do Trabalho e da Indústria e Comércio. Na avaliação de Paim, essas duas pastas poderiam auxiliar trabalhadores e empregadores a encontrarem uma saída para a situação.

“Como não existe mais Ministério da Indústria e Comércio, não existe mais Ministério do Trabalho, eu não sei nem a quem recorrer. Por isso, apelo ao presidente da República, ao chefe da Casa Civil, ao ministério da Fazenda. Está muito ruim para todos, principalmente para os empregados”, salientou.

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