O desemprego no Brasil bateu um novo recorde: 13,8% no trimestre circunscrito entre maio e julho. Em números absolutos, o percentual representa 13,13 milhões de pessoas, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de 13,8 é a maior da série histórica, iniciada em 2012. Trata-se de um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, de fevereiro a abril, e de 2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Na mesma régua, só que na outra ponta, a população ocupada diminuiu 8,1%, chegando a 47,1% e somando apenas 82 milhões de pessoas, ou seja, menos da metade da população brasileira, e também o menor contingente da série histórica.
Novamente, em números absolutos, o percentual representa 7,2 milhões de pessoas ocupadas a menos em relação ao último trimestre antes da pandemia, entre dezembro e fevereiro, e 11,6 brasileiros ocupados a menos em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
“Esse governo é um desastre econômico, social e sanitário”, resumiu o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT.
Outro dado importante é do contingente de pessoas desalentadas, aquelas que deixaram de buscar emprego, mas gostariam de conseguir uma vaga. O número também bateu um novo recorde com 5,8 milhões de desalentados.
“Desde maio passado, o desemprego aumentou em 27%, totalizando 12,9 milhões de brasileiros fora do mercado de trabalho, 2,9 milhões a mais do que o registrado em 2019”, apontou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Também nessa semana, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que trabalhadores com escolaridade até o ensino médio incompleto têm sofrido com uma queda de 25% do que costumava ganhar no fim do mês durante o primeiro semestre de 2020.