Dieese: desemprego caiu em setembro

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela redução da taxa de desemprego em agosto, com pequeno aumento rendimento médio real dos trabalhadores ocupados no último mês de setembro.

No período, o total de desempregados no conjunto das sete regiões onde a pesquisa é realizada variou de 10,6%, em agosto, para os atuais 10,3%, apresentando queda pelo segundo mês consecutivo. O desemprego aberto passou de 8,4% para 8,1% e a taxa de desemprego oculto não variou (2,2%). A taxa de participação na PEA (População Economicamente Ativa) passou de 60,1% para 60,3% do total da população.

Metodologia

O desemprego aberto, na metodologia adotada na PED, refere às pessoas que “procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum tipo de atividade nos sete últimos dias”. Desemprego Oculto refere-se a pessoas que, para sobreviver, exerceram algum trabalho, de forma descontínua e irregular, e às pessoas que estão desocupadas, mas não procuraram trabalho. Os números da PED divergem dos da Pesquisa Nacional de Emprego (PNE), do IBGE, em função das regiões pesquisadas.

A PNE, que apontou 5,4% na taxa de desemprego em setembro, reúne dados colhidos nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Já a PED pesquisa Salvador, São Paulo, Distrito Federal, Porto Alegre Fortaleza, Belo Horizonte e Recife.

Ocupação cresce

Segundo a PED, em setembro o nível de ocupação cresceu 0,7% em relação ao mês anterior, com a criação de 132 mil postos de trabalho, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (89 mil), resultando em menos 42 mil desempregados nas sete regiões pesquisadas. O total de ocupados, nessas cidades, foi estimado em 20,04 milhões, para uma População Economicamente Ativa de 22,35 milhões.

O desemprego total caiu em Salvador, São Paulo, Distrito Federal, Porto Alegre e Fortaleza, e elevou-se ligeiramente em Belo Horizonte e Recife. O nível de ocupação cresceu em Salvador (1,6%), Recife (0,8%), São Paulo (0,7%), Porto Alegre (0,7%), Fortaleza (0,5%) e Belo Horizonte (0,5%) e reduziu-se no Distrito Federal (-0,4%). Segundo os setores de atividade econômica analisados, no conjunto das regiões, o nível ocupacional aumentou na Indústria de Transformação (73 mil novos postos de trabalho, ou 2,5%), no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (51 mil, ou 1,3%), variou positivamente na Construção (6 mil, ou 0,4%) e manteve-se relativamente estável nos Serviços (16 mil, ou 0,1%) (Tabela 3).

Por posição na ocupação, o número de assalariados apresentou pequena elevação (0,5%). No setor privado, registrou-se comportamento positivo entre os empregados com carteira de trabalho assinada (0,4%) e elevou-se o daqueles sem carteira (1,5%). Ampliaram-se os contingentes de autônomos (1,3%) e dos classificados nas demais posições (0,8%) e, variou positivamente o de empregados domésticos (0,4%).

Com informações do Dieese

Veja a Pesquisa divulgada pelo Dieese

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