Dilma: “em 98% dos municípios estão instalados 8 mil telecentros”

Gostaria que a senhora colocasse mais mamógrafos na rede pública de saúde no estado do Pará. – Maria de Nazaré, doméstica de Ananindeua (PA)

Presidenta Dilma – Maria, esta questão dos mamógrafos me preocupa muito, pois eles são fundamentais para os exames preventivos. Por isto, o Ministério da Saúde realizou, pela primeira vez, uma vistoria em todos os aparelhos de mamografia credenciados ao Sistema Único de Saúde. Esta foi uma das primeiras ações do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, que lançamos em março.

A conclusão do levantamento foi a de que o número de mamógrafos é suficiente, mas eles estão concentrados nas capitais, têm baixa produtividade e muitos estão inoperantes por falta de profissionais especializados. Já iniciamos parcerias com estados e municípios para recuperar os aparelhos parados por falta de manutenção e capacitar 25 mil técnicos em radiologia até 2015.

Nos próximos quatro anos, ampliaremos a oferta do tratamento, com a implantação e atualização tecnológica dos serviços de confirmação diagnóstica, tratamento, quimioterapia e radioterapia. No Pará, o SUS conta com 38 mamógrafos, dos quais 15 estão em Belém. Por isso, vamos instalar novos mamógrafos nos municípios do interior, inclusive com unidades móveis, tanto terrestres quanto fluviais. O câncer tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental.

Quero saber se a presidenta se preocupa com o desmatamento da nossa Amazônia. – Maria das Graças Lux Abrahão, 39 anos, advogada de Manaus (AM)

Presidenta Dilma – Acho que todos os brasileiros que se preocupam com o bem-estar das atuais e das futuras gerações entendem que o desmatamento deve ser combatido. O Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal, envolvendo 14 ministérios e a Presidência da República, está sendo implementado com rigor. As áreas mais vulneráveis passaram a contar com ações da Operação Arco Verde, Terra Legal e do Mais Ambiente, para que as pessoas sigam tirando seu sustento dos recursos naturais, mas preservando a floresta.

No Plano Agrícola, o Programa Agricultura de Baixo Carbono prevê R$ 3,15 bilhões para financiar projetos agropecuários, com juros reduzidos e prazos de pagamento diferenciados, que permitam compatibilizar a produção agropecuária com o meio ambiente. Aprimoramos as chamadas linhas verdes do Pronaf, para que os agricultores familiares tenham melhores condições de financiamento para atividades agropecuárias sustentáveis.

E no âmbito do Brasil sem Miséria criamos o Bolsa Verde, que vai transferir, a cada 3 meses, R$ 300 para famílias extremamente pobres que vivem em florestas e reservas extrativistas e ajudam a preservá-las. Este conjunto de ações, Maria, vai permitir que continuemos reduzindo o desmatamento ilegal na Amazônia e, ao mesmo tempo, criando alternativas para o desenvolvimento sustentável da região.

Presidenta, qual é o planejamento ou o projeto para inclusão digital para a população que não pode usufruir devidamente de seus benefícios? – Rômulo Gomes da Rocha, 36 anos, consultor de São Paulo (SP)

Presidenta Dilma – Estamos adotando um conjunto de ações para aumentar a parcela da população brasileira com acesso à internet. Em junho, assinamos termos de compromissos com as concessionárias de telefonia fixa, para o fornecimento de internet de alta velocidade a preço baixo. Em 90 dias, elas deverão oferecer conexões de 1 megabit por segundo por R$ 35,00. Esta é a velocidade mínima, mas vamos evoluir para um patamar superior nos próximos anos.

Em 98% dos municípios brasileiros já estão instalados 8 mil telecentros, espaços de acesso gratuito à internet, abertos a toda a população. E daremos sequência à implementação de programas como o Banda Larga nas Escolas e o Um Computador por Aluno, que também promovem a inclusão digital dos nossos jovens. Quero lembrar ainda, Rômulo, que no âmbito da política industrial estamos incentivando a produção de equipamentos como tablets e modens no Brasil. Já a partir de setembro começarão a ser vendidos os primeiros modelos fabricados no Brasil, com preços até 40% mais baixos do que os cobrados atualmente.

Estamos combinando ações para ampliar o acesso gratuito com ações para reduzir o custo dos serviços de conexão e dos equipamentos. O objetivo é garantir que, até 2014, uma parcela majoritária das residências brasileiras esteja conectada à internet de alta velocidade, porque sabemos que este é um fator decisivo de inclusão dos cidadãos.

Em Questão
Fonte: SECOM

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