Defesa da Democracia

Em plenário, senadores denunciam organização criminosa comandada por Bolsonaro

De acordo com a Polícia Federal, Jair Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de plano para golpe

Agência Brasil

Em plenário, senadores denunciam organização criminosa comandada por Bolsonaro

De acordo com a Polícia Federal, Bolsonaro planejou, atuou e teve domínio de plano para golpe

Os senadores do PT utilizaram a tribuna do plenário para destacar a gravidade das denúncias envolvendo um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O esquema, revelado pela Polícia Federal, foi nomeado pelos conspiradores como “Punhal Verde e Amarelo”.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, derrubou nesta terça-feira (26/11), o sigilo do inquérito do golpe, em que Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas. No relatório final da investigação, a Polícia Federal afirma que Bolsonaro tinha “plena consciência” e “participação ativa” na trama golpista.

“É algo estarrecedor, substantivamente comprovado por documentos apreendidos, muitos deles impressos no próprio Palácio do Planalto, conversas em aplicativos de mensagens e incontáveis áudios trocados pelos criminosos, em clara confissão dos atentados que pretendiam cometer. Estamos diante de uma hedionda organização criminosa gestada dentro de um governo genocida e assassino, que agiu deliberadamente para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE).

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Na avaliação da senadora Teresa Leitão (PT-PE), os eventos investigados — incluindo os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, a tentativa de explodir um caminhão-tanque próximo ao aeroporto de Brasília e o recente atentado à bomba em frente ao STF — fazem parte de uma estratégia maior de atentar contra a democracia.

“As conexões com o complô golpista vão se tornando mais evidentes. Estivemos muito próximos de um golpe de Estado urdido nos círculos palacianos, que teria como grave consequência o tolhimento de nossas liberdades e da convivência democrática. Depois de matar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, quais seriam os próximos passos? Tomar posse da República e repetir um passado nada distante? Um novo AI-5”, questionou a senadora.

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Já o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, mostrou preocupação com a democracia brasileira diante dos recentes acontecimentos políticos que “colocam em xeque os pilares da democracia”.  

“Isso significa confrontar a democracia, significa matar a democracia, atingindo assim milhões de brasileiros. Esses atos não são apenas atentados contra as instituições, prédios ou indivíduos, são atentados contra a própria essência, o coração da democracia. Eles revelam uma perigosa intolerância à pluralidade, um desejo de imposição de ideias pela força, incompatível com o que o Brasil representa enquanto nação livre e soberana”, argumentou Paim.

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