Bacia das almas

Venda de ativos é para entregar a Petrobras ao estrangeiro

Novamente no centro da desnacionalização da Petrobras, Parente retomou a política da venda de ativos, com o mesmo objetivo de enfraquecer a empresa para entregá-la ao capital estrangeiro
Venda de ativos é para entregar a Petrobras ao estrangeiro

Foto: Divulgação

Em 2007, quando a descoberta do pré-sal foi anunciada, o presidente George Bush imediatamente reativou a IV Frota Naval norte-americana, posicionando-a no Atlântico Sul, lembrou recentemente o presidente Lula. No final do ano passado, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, emplacou seu projeto para acabar com o regime de partilha e, e com isso, afastar a Petrobras da exploração do petróleo. Logo após o golpe, os entreguistas assentaram na cadeira da presidência da Petrobras o velho parceiro Pedro Parente para esquartejar a empresa e facilitar a sua venda.

“Na década de 90, com Pedro Parente na presidência do Conselho de Administração da Petrobrás, foram feitos maus negócios”, lembra Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet). Por exemplo, cita Siqueira, foram vendidas 36% de ações da empresa na Bolsa de Nova Iorque, por US$ 5 bilhões, quando valiam mais de US$ 100 bilhões. Naquela época, os defensores do neoliberalismo dividiram a empresa em 40 unidades e tentaram trocar seu nome para Petrobrax para facilitar seu leilão internacional.

[blockquote align=”none” author=””]Logo após o golpe, os entreguistas assentaram na cadeira da presidência da Petrobras o velho parceiro Pedro Parente para esquartejar a empresa e facilitar a sua venda[/blockquote]

Novamente no centro da desnacionalização da Petrobras, Parente retomou a política da venda de ativos, com o mesmo objetivo de enfraquecer a empresa para entregá-la ao capital estrangeiro. “Já foi vendida a Gaspetro para a Mitsui por valor irrisório e também o campo de Carcará, com uma reserva da ordem de dois bilhões de barris, se somada às áreas contíguas da União”, adverte Siqueira. Também já foi colocada a venda a BR Distribuidora – altamente estratégica por levar combustível a locais que as demais não levam.

Os principais ativos oferecidos no leilão entreguista

– A desestatização da NTS – Em 23 de setembro de 2016, a Petrobras informou a aprovação da venda de participação de 90% das ações da “Nova Transportadora do Sudeste – NTS” para a Brookfield Infrastructure Partners (BIP) e suas afiliadas;

– A desestatização da BR Distribuidora  – Em 6 de agosto de 2015, a Petrobras informa a abertura de capital da BR Distribuidora;

Outros ativos no balcão

– Em 4 de Julho de 2016, a Petrobras informou a venda, sem licitação, de ativos em águas rasas nos Estados de Sergipe e Ceará;

– Em 7 de junho de 2016, a Petrobras informou haver iniciado “processo competitivo” para a venda de terminais de gás Natural liquefeito e usinas termelétricas associadas a esses terminais situados no Rio de Janeiro e Ceará;

– Em 29 de julho de 2016, a Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou a venda, sem licitação, da participação no bloco exploratório BM-S-8, localizado na bacia de Santos, operado com 66% de participação da própria Empresa:

– Em 6 de outubro de 2016, a Petrobras comunicou a negociação com empresa de energia australiana para a venda, sem licitação, dos campos de Baúna e Tartaruga verde, situadas, respectivamente, nas bacias de Santos e de Campos.

Reprodução autorizada mediante citação do site PT no Senado

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